Os banhos de Carlos

Lá pelos idos de 1350, o rei Carlos IV, chefão do sacro império romano-germânico, estava dando umas bandas pela região da antiga boemia quando se deparou com um lugar cheio de fontes termais. Sabe-se lá de onde ele tirou a ideia de que aquelas águas eram curativas e resolveu fundar uma cidade para poder melhor desfrutar dos vários benefícios líquidos. Humilde como sói aos imperadores serem, o tiozinho se auto-homenageou chamando a cidade de Karlsbad (Termas ou banhos termais de Carlos, em alemão), ou Karlovy-Vary, na versão tcheca.

Favela alemã?

Lembro até hoje da primeira vez que, de dentro de um trem, avistei um Kleingartenverein (também conhecido como Schrebergarten). Era final de outono e o lugar parecida uma favela; um terrenão cheio de tralhas e construções estranhas. Aliás, eram vários lotezinhos com barracos de madeira, sempre separados por cercas e com muito mato em volta.

A cidade fortificada de Nuremberg

Nuremberg tem mais de 1000 anos e a cidade antiga ainda é toda fortificada, isto é, ainda tem os muros, as torres e os fossos que a protegem. Hitler escolheu o lugar como a sede dos seus comícios onde insuflava a juventude nazista no ódio contra judeus, negros e homossexuais. A estação de trem (que hoje tem conexão com o metrô) carrega um fardo triste: foi onde mais judeus foram embarcados para campos de concentração ou deportados. Teve um dia que foram mais de 1000 (nossa, só de imaginar a cena já me dá arrepios).

O homem que fazia a pedra sentir

Que os noruegueses amam esculturas é coisa que não se duvida; todos os parques da cidade têm as suas e são lindas. Mas Vigeland é seu artista mais famoso, respeitado e prolífico. Aluno de Rodin, Gustav ganhou da prefeitura da cidade um atelier e condições para trabalhar em troca de todas as obras que produzisse dali em diante (nessa época ele já era referência em sua área). Ele mesmo desenhou o projeto monumental do parque de esculturas contendo um monolito de granito de 14 metros (212 figuras humanas entalhadas) e um total de 212 esculturas (58 de bronze e o resto de granito).

Oslo

É certo que a percepção que a gente tem da cidade tem relação com o clima; para a gente, que tinha vindo de uma semana praticamente sem ver sol, foi como uma dádiva, literalmente vinda dos céus. O dia em Oslo é só um pouquinho mais curto do que em Berlin nessa época do ano, de maneira que chegamos às 4 da tarde e já era quase noite. Mas em compensação, tínhamos o dia seguinte quase todo para explorar a cidade e ganhamos o sol mais lindo do mundo de presente de ano novo!

Museu do filme e da televisão

Faz algumas semanas visitei o Museum für Film und Fernsehen, que fica na Potsdamer Platz (qualquer dia falo sobre esse lugar bem especial na história da cidade). O museu ocupa o terceiro e o quarto andares de um prédio comercial e não é muito grande. Ele conta basicamente a história (com ênfase na fase áurea) do cinema alemão e alguma coisa sobre a televisão também.