Olha o bonde!

Hoje fizemos um passeio bem original: fomos até uma estação de trem da cidade que fica num bairro mais afastado (S3 Rahnsdorf) e pegamos um bonde até uma cidadezinha pequena de interior (que aqui são chamadas genericamente de dorfs).

Por coincidência, estava acontecendo a festa do verão, com direito a desfile na rua e tudo. A cidade é pequenininha mesmo e se chama Woltersdorf; a festa estava uma delícia, parecia reunião de família. As crianças e jovens do colégio tocaram na fanfarra, apresentaram espetáculos de dança, teve desfile de fantasia e comidinhas gostosas (com salsicha, claro…).

Woltersdorf fica à beira dos lagos Flakensee Kalksee (tem uma eclusa entre os dois) e foi fundada em 1214 (nunca canso de me impressionar com essas datas). Desde 1903 eles contam com uma linha de bondes que ligam a cidade até a linha de trens urbanos de Berlin (as S-Bahn).

O bacana é que os bondes são antiquíssimos e eles guardam todos! Hoje, como era dia especial, de festa, foram colocados em serviço alguns dos bondes históricos, construídos em 1913. A gente andou em um que é lindo! Todo envernizado e com metais dourados, além de ter os encostos dos bancos reversíveis para os passageiros sempre sentarem de frente para a estrada (é que o motorista pode pilotar nas duas pontas; cada vez que chega ao final da linha, muda). Os outros bondes normais (que também andamos), são de 1960 e estão em excelente estado de conservação e funcionamento.

Quem organizou tudo foi a querida e competente Angela Langer, que, junto com o Roberto Langer e a Rosana Conte, fizeram conosco esse passeio maravilhoso. Obrigadíssima por esse dia lindo, amigos!

 

Olha o bonde de 1960 que a gente pegou para ir à festa.
Olha o bonde de 1960 que a gente pegou para ir à festa.

 

Ponto de vista do piloto.
Ponto de vista do piloto.

 

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Caminho feio, né?

 

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Olha o charme da bolsa do cobrador!

 

Delicadezas...
Delicadezas…

 

Início do desfile.
Início do desfile.

 

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Os tipos que desfilaram.

 

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A comunidade em peso participando (e o Conrado lá atrás, fiscalizando se estava tudo ok)…rsrsrs

 

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Mais tipos inesquecíveis.

 

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As meninas da fanfarra.
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O palco na beira do lago.

 

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Delícia de festa, sem gente demais.

 

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E a volta em grande estilo! A gente estava em outro bonde e desceu correndo só para entrar nesse exemplar histórico de 1913. Fizemos o caminho de volta duas vezes, mas valeu a pena!

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Puro luxo e glamour!

 

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Aqui dá para ver os comandos da nave (sim, choveu um pouco na volta).

 

Para terminar, o espetáculo dos bancos reversíveis. Adorei!!
Para terminar, o espetáculo dos bancos reversíveis. Adorei!!

 

Sei não, mas acho que daqui a 50 anos ainda vou estar descobrindo novidades em Berlin, viu? Isso aqui é o paraíso das surpresinhas…rsrsrs

Os banhos de Carlos

Lá pelos idos de 1350, o rei Carlos IV, chefão do sacro império romano-germânico, estava dando umas bandas pela região da antiga boemia quando se deparou com um lugar cheio de fontes termais. Sabe-se lá de onde ele tirou a ideia de que aquelas águas eram curativas e resolveu fundar uma cidade para poder melhor desfrutar dos vários benefícios líquidos. Humilde como sói aos imperadores serem, o tiozinho se auto-homenageou chamando a cidade de Karlsbad (Termas ou banhos termais de Carlos, em alemão), ou Karlovy-Vary, na versão tcheca.

A cidade fortificada de Nuremberg

Nuremberg tem mais de 1000 anos e a cidade antiga ainda é toda fortificada, isto é, ainda tem os muros, as torres e os fossos que a protegem. Hitler escolheu o lugar como a sede dos seus comícios onde insuflava a juventude nazista no ódio contra judeus, negros e homossexuais. A estação de trem (que hoje tem conexão com o metrô) carrega um fardo triste: foi onde mais judeus foram embarcados para campos de concentração ou deportados. Teve um dia que foram mais de 1000 (nossa, só de imaginar a cena já me dá arrepios).