Menos mais do mesmo
Sempre digo e repito (porque realmente acredito) que empreender no Brasil é um ato de heroísmo. As pessoas que ousam fazer isso deveriam ser apoiadas, incentivadas, estimuladas e encorajadas de todas as formas possíveis. Elas deveriam servir como exemplo de coragem e persistência.
Pena que não é o que acontece.
Isso me lembra o Conrado contando sobre o dia em que foi registrar nossa empresa de tecnologia aqui em Berlim no que seria o equivalente à Junta Comercial (desnecessário dizer que os procedimentos de abertura são mais simples e rápidos). O funcionário público que fez o atendimento perguntou quantos empregos iríamos gerar em cinco anos. Como não temos intenção de ser uma corporação, o Conrado estimou algo entre cinco e dez engenheiros. O funcionário então, impressionado, deu-lhe os parabéns pela abertura da empresa e disse: “Então temos que tratá-lo muito bem, pois vocês vão gerar riqueza para a cidade e empregos qualificados“. Verdade verdadeira, pode acreditar.
Você consegue imaginar um funcionário público no Brasil pronunciando semelhante frase? Nem iria tão longe, pode ser uma pessoa comum mesmo, que você para na rua e diz que está abrindo uma empresa. Difícil, né?
Por isso é que tenho tanto respeito pelos verdadeiros heróis brasileiros que arriscam praticamente todo seu tempo e energia e não raro todas as suas economias para lutar contra a maré gigante que faz de tudo para afogá-los. Iniciativas de apoio (e tem muita, mas muita gente boa trabalhando nisso) para o empreendedorismo devem ser mais do que bem recebidas: merecem ser celebradas!
Hoje, quando recebi pelo correio o “Guia Prático das Novas Ferramentas Comerciais: da construção da marca ao atendimento ao consumidor“, veio junto no pacote uma lufada de esperança que tudo vai dar certo, apesar do quadro caótico em que nosso país se encontra no momento. Há perspectiva sim! Tem uma moçada muito boa querendo trabalhar e eles vão vencer, com certeza.
O meu queridíssimo e super competente Alex Lima, que me mandou o livro de presente, abre o volume compartilhando dicas preciosíssimas sobre branding. E está na companhia de um pessoal que de fraco não tem nada (saudades do ótimo Rodrigo Lóssio!). Olha, acho que a leitura atenta pode substituir muito curso bom por aí.
Obrigada por mais essa, meus heróis. Ganhei o dia!
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Recomendo muitíssimo e não só para quem quer empreender, mas para quem estuda branding, UX, jornalismo, conteúdo digital, marketing, vendas, mídias digitais e atendimento. Tem para vender em um monte de lugares; clique aqui para fazer uma pesquisa de preços.
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