Na prática, a teoria é mais divertida!

Nesse feriado tive o privilégio de participar do workshop Inovação + Design Thinking promovido pela dupla dinâmica Maria Augusta Orofino e Maurício Manhães, da InnovaService. Foram dois dias para descolar os neurônios, como disse uma participante. Uma coisa é estudar inovação e design thinking em livros, outra bem diferente é desenvolver um produto inovador na prática.

Eles começam os trabalhos falando do conceito da VaCa RoSa, acrônimo para a técnica de Variação Cega e Retenção Seletiva. A variação cega parte da metáfora baseada no darwinismo, onde a natureza faz variações aleatórias sobre um tema (ou, no caso, ser vivo) e a retenção é feita seletivamente, pelo desempenho de cada uma. Então, no começo houve girafas pescoçudas, orelhudas, linguarudas e até estrábicas. As características que tiveram desempenho melhor e contribuíram para a sobrevivência da espécie foram reproduzidas, fazendo esses animais, hoje em dia, terem pescoços e orelhas bem desenvolvidos. Mas, no começo da variação cega, não havia como saber como ia ser a forma final da girafa.

Workshop ou palestra?

Atenção, pessoal que organiza e divulga eventos: workshop e palestra são duas coisas absolutamente distintas! Workshop não é um nome mais chique para palestra, como alguns podem pensar.

Numa palestra, você compartilha suas ideias por um tempo que varia entre 60 e 90 minutos e depois as pessoas fazem perguntas (pode ter algumas variações, como perguntas durante a explanação, que eu até prefiro, mas é basicamente isso).

Um workshop pressupõe interação e experiência prática (não é à toa que a tradução em português é oficina — quase ninguém usa porque não é tão chique). Nesse caso, quem está participando não é apenas passivo; vai sair de lá com alguma coisa construída. Ah, e inserir uma dinâmica de grupo não configura workshop (detesto aquela de abraçar o estranho ao seu lado ou cantar músicas bregas com mãozinha para cima…eheheh).