Pug ou Mops: não importa, a fofura é igual

Faz um mês que está chovendo praticamente todo dia nessa terra; como estou saindo de uma gripe, as conjunções climáticas não estão me permitindo muitas incursões pela cidade (e olha que minha lista de lugares para visitar só faz crescer). Mas hoje parou de chover das 2 às 5 da tarde; calhou que eu tinha lido no jornal que ia ter um Encontro Internacional de Möpse, aquele cachorrinho que em português se chama Pug (Möpse é o plural de Mops). Catei o marido e lá fomos nós ver os fofuchos.

Mais um episódio: mercado de pulgas

Dessa vez vamos conhecer um pouco do fascínio que os alemães têm por feirinhas de coisas usadas chamados Flohmarkt (plural: flohmärkte) que significa, literalmente, mercado de pulgas.

Gente, tem de tudo mesmo, não é brincadeira não; se duvidar, até pulga adestrada a pessoa corre o risco de encontrar num lugar desses. Na cidade tem um montão dessas feiras, mas a mais famosa, bacana e divertida é a que acontece no Mauer Park, em Prenzlauerberg. Vem dar uma voltinha e ver como é que a coisa acontece.

Perséfone, diamante e carrossel

Bom, como não trouxe dicionário de português e não sou louca de me arriscar a fazer contículos em alemão, pedi ajuda aos universitários do Facebook e o povo me mandou várias sugestões. Por ordem de postagem, vamos às palavras selecionadas pelo Gabriel Tesser (se bem que eu acho que ele andou burlando as regras do jogo, pois não tem Perséfone no dicionário…rs).

Doces bárbaros

Os alemães raciocinam, olhando daqui da janelinha onde estou, do jeito mais complicado que se pode imaginar na abordagem de um problema (deve ser influência da língua, que é de dar nó na própria). As coisas parecem bem feitas e resolvidas, mas, para uma tupiniquim que vê de fora, dá a impressão que tinha um jeito mais simples de fazer a coisa.

Peguemos o exemplo da prefeitura de Berlin. Você tem que ir até lá para se apresentar como morador da cidade; a ideia é ótima, pois eles não precisam fazer o censo anual e têm sempre dados atualizados. Você se apresenta e, entre outras coisas, ganha o direito de estacionar o carro na frente da sua casa sem pagar a “zona azul” (nem donos de Porsches, Ferraris, Audis, Mercedes e BMWs têm cacife para pagar uma garagem coberta por aqui; quase nenhum prédio tem esse luxo e esse brinquedinhos lindos dormem todos na rua); é pré-requisito também para se registrar no seguro-saúde, entre outras povidências burocráticas.

Na prática, a teoria é mais divertida!

Nesse feriado tive o privilégio de participar do workshop Inovação + Design Thinking promovido pela dupla dinâmica Maria Augusta Orofino e Maurício Manhães, da InnovaService. Foram dois dias para descolar os neurônios, como disse uma participante. Uma coisa é estudar inovação e design thinking em livros, outra bem diferente é desenvolver um produto inovador na prática.

Eles começam os trabalhos falando do conceito da VaCa RoSa, acrônimo para a técnica de Variação Cega e Retenção Seletiva. A variação cega parte da metáfora baseada no darwinismo, onde a natureza faz variações aleatórias sobre um tema (ou, no caso, ser vivo) e a retenção é feita seletivamente, pelo desempenho de cada uma. Então, no começo houve girafas pescoçudas, orelhudas, linguarudas e até estrábicas. As características que tiveram desempenho melhor e contribuíram para a sobrevivência da espécie foram reproduzidas, fazendo esses animais, hoje em dia, terem pescoços e orelhas bem desenvolvidos. Mas, no começo da variação cega, não havia como saber como ia ser a forma final da girafa.

Fortuito, intensificar e preparativo

Celeste teve que sair correndo para alcançar Fortuito, seu lindo labrador dourado. Ela nunca conseguia dar conta da energia do peludão; todo dia, quando saíam para passear, Celeste era praticamente arrastada por ele. Foi errando como um vagão desgovernado que acabou abalroando o Argemiro, indivíduo mau-humorado e pouco dado a relacionamentos sociais. O azedume do Argemiro era mundialmente conhecido por causa das declarações carregadas de fel que distribuía generosamente em várias línguas em sua conta no twitter, alcunhada @f***.

O gremlin está virando gato

Nossa, tudo o que um bichinho precisa mesmo é carinho, água, comida e uma casa limpinha. Só com isso, em apenas 4 dias, o Otávio já engordou meio quilo! O fofo já recebeu alta dos antibióticos (hoje ganhou a última injeção) e quarta-feira a Dra. Ioná vem buscá-lo para ele tomar o primeiro banho de verdade (o outro foi muito complicado, ele estava sensível demais). Olha só a diferença de postura do rapaz desde a primeira foto. Ele não está ficando lindo?