Lembranças
O livro “Lembranças”, de Munir Charruf, veio parar nas minhas mãos porque vi uma resenha no Instagram, de um moço que eu sigo. Ele parecia empolgadíssimo e acabei sendo contagiada. Assim, encomendei meu volume para a Valéria do Clube do Livro de Münster, que traz a papelada para cá (eu só consigo ler em papel, desculpaí…).
Olha, o que posso dizer? Que o livro está longe de ser ruim, mas também não corresponde tanto assim aos comentários do rapaz (as percepções são diferentes, então isso é bem normal).
O autor pegou elementos de Admirável Mundo Novo (a droga Soma), The Handmaid’s Tale (mulheres sendo usadas como reprodutoras contra a sua vontade), 1984 (o Grande Irmão monitorando tudo pelas telas), e Fahrenheit 451 (a ausência de livros e a vida vivida em telas), Matrix (as pílulas azul e vermelha) e mais algum agora que não estou me lembrando onde as pessoas não têm memória por mais de 24 horas, e fez essa distopia mix — melhores momentos…rs
Vamos ver então como ficou a história.
Continue reading “Lembranças”Quando a gente provoca o futuro
Esse pocket texto apresenta o conceito de profecia auto-realizável. Você já tinha ouvido falar?
Se você gostou e quer baixar o arquivo no formato pdf com todo o conteúdo, é só clicar aqui.
O mapa da cultura
Esse livro é um clássico e é sucesso desde que foi lançado, há 10 anos. Estava esperando a vez dele na minha pilha e eis que chegou a hora do “The culture map: decoding how people think, lead and get things done across cultures” (tradução livre: “O mapa da cultura: como as pessoas pensam, lideram e fazem coisas em diferentes culturas“), de Erin Meyer.
O livro merece realmente toda a fama que tem porque, além de bem escrito, é muito útil, principalmente para pessoas que trabalham com profissionais de outras nacionalidades ou fazem negócios internacionais.
Erin nasceu e cresceu nos Estados Unidos, mas hoje mora na França, onde é pesquisadora e professora do INSEAD, uma das escolas de negócios mais prestigiadas no mundo. O trabalho dela é preparar executivos internacionais para morar, trabalhar e negociar em outros ambientes culturais.
No início, achei que fosse algo parecido com o excelente “O código cultural”, de Clotaire Rapaille (resenha nesse link), mas a abordagem é totalmente diferente (mas igualmente interessantíssima).
Continue reading “O mapa da cultura”Oração para desaparecer
Mais uma obra que chega às minhas mãos graças à Valéria Bernardelli Jansen, do Clube do Livro de Münster. Dessa vez é “Oração para desaparecer”, de Socorro Acioli.
Eu tinha gostado muito do seu livro anterior “A cabeça do Santo” (resenha aqui) e, quando soube que a autora tinha lançado mais um romance, pedi para a Valéria.
A Socorro é professora universitária e tem uma cultura sobre os costumes e lendas do Brasil vasta e aprofundada; ela usa esses elementos como ninguém em suas histórias.
Para mim, que não sou religiosa ou mística, “Oração para desaparecer” é uma fábula belíssima — mas tem potencial para que pessoas mais espirituais que eu tenham uma leitura com mais camadas e significados.
Continue reading “Oração para desaparecer”De volta a Dresden
Minha primeira visita a essa cidade linda foi em 2012 (veja o relato aqui), numa viagem com a escola com mais 20 pessoas (eu ODEIO excursão com todas as minhas forças…rs). Fiquei decepcionada porque não consegui ver quase nada (complicado andar em bando)e prometi a mim mesma que iria voltar.
De fato, voltei sozinha e com mais tempo em 2020 (só me esqueci de publicar as fotos aqui no blog.
Mas foi muito, mas muito bacana! É que lembro que um dos primeiros posts do meu blog, em meados de 2007 (faz temmmmpo…), publiquei uma foto de uma instalação de canos que “cantava” com a água da chuva. De vez em quando alguém publica de novo e a notícia vai e volta. Naquela época, a Alemanha para mim era um lugar tão distante que nem registrei mentalmente que a obra ficava em Dresden, a 190 km de Berlim.
Continue reading “De volta a Dresden”Missioni
Olha, preciso falar a verdade: eu detesto livro de guerra. Eu já li muitos e sofro demais. Quando eu leio, é como se eu me teletransportasse para o lugar e a situação, e guerra é uma das coisas que me deixa mais indignada, nervosa e revoltada no mundo. Eu li esses dias uma frase que é bem verdade (não tinha o autor, infelizmente): ler é uma coisa muito louca, pois você simplesmente alucina sob o efeito de uma folha de papel impressa. O livro é uma droga poderosíssima. E é isso mesmo.
Continue reading “Missioni”Como fazer melhores reuniões
A maior parte dessas dicas já é bem conhecida, mas pensei que valia a pena reuni-las todas aqui (com trocadilho…rs) para o povo se lembrar de aplicá-las. Você tem mais alguma sugestão?
Se gostou e quer mandar para os colegas, pode fazer download do arquivo pdf clicando aqui e distribuir. Divirta-se!
Mundo sem amanhã
Achei esse livro num mercadinho de livros usados e adorei; preciso ler mais coisas desse autor!
“Welt Ohne Morgen” (tradução livre: “Mundo sem amanhã”), de Tom Roth (um dos pseudônimos de Tibor Rode) é um thriller desses de deixar a gente grudada no livro até terminar. Com capítulos curtos e cheios de suspense, já dá para imaginar um filme.
O autor trabalha como jornalista, Especialista em TV, dá aulas na universidade e hoje atua também como advogado e tabelião. Ele estudou mudanças climáticas e certificação de CO2.
Continue reading “Mundo sem amanhã”Mais sentidos fariam sentido?
Acontece um mundo de coisas à nossa volta que a gente não percebe porque não tem sensores para isso: ondas eletromagnéticas, sinais de comunicação, campos elétricos, luz infravermelha, ondas de ar, etc
Praticamente um universo paralelo que a gente ignora porque simplesmente não consegue perceber…
Gostou e quer guardar o arquivo inteiro? É só baixar o pdf clicando aqui.
Link para o vídeo do David Eagleman aqui.
Gente normal
Normal People, de Sally Rooney, ganhou vários prêmios e até virou série na BBC; então, quando vi um exemplar para vender num marcado de pulgas, não tive dúvida.
Inclusive confesso que comecei a lê-lo há uns dois anos e larguei nas primeiras páginas porque pensei: “Ah, não, romance adolescente… tô fora!”. Mas há algumas semanas resolvi dar outra chance a ele e, olha, não me arrependo.
A autora é uma mestra em descrever relações sentimentais complicadas (acho essa tarefa uma das mais difíceis na escrita — traduzir sentimentos).
A história começa com Connell indo pegar sua mãe Lorraine, que é diarista, na enorme casa onde mora Marianne e sua família. Eles são adolescentes moram numa pequena cidade no interior da Irlanda e estudam na mesma escola.
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