O ser humano é avesso a mudanças. Será?

Esse é um mantra repetido à exaustão em todas as revistas de negócios. Eu também cansei de repetir isso.

Mas será que é mesmo verdade? Vamos ver o que o grande Leonard Mlodinow nos diz a respeito. A resenha do livro dele, “Elastic“, pode ser lida nesse link. Se você prefere a versão em audio, tem também no meu podcast “Minha estante Colorida“; basta clicar aqui.

Para entender melhor a ideia, é só ler o pocket texto dessa semana!

Se você quiser o arquivo no formato pdf com essa apresentação, pode fazer o download apenas clicando aqui.

Nudge

Nudge: improving decisions about health, wealth and happiness” (Tradução livre: “Empurrãozinho: melhorando decisões sobre saúde, riqueza e felicidade“), de Richard h. Thaler e Cass R. Sunstein, foi lançado em 2007 e desde então recebeu várias reedições; acabou se tornando um clássico na área de economia comportamental. 

Seus autores são ambos autoridades em suas áreas (direito, economia e administração), professores universitários e pesquisadores; Cass Sunstein, inclusive, trabalhou como conselheiro de Barak Obama durante a gestão do então presidente dos EUA.

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O acidente com o teletransporte

Como não levar para casa “The teleportation accident”, de Ned Beauman, por apenas € 2,50, minha gente? Uma capa linda e um tema que não consigo resistir.

Pois ele estava esperando por mim num dos meus sebos preferidos na cidade, que pertence à organização não governamental OXFAM. As várias lojas espalhadas por Berlim geralmente vendem roupas, sapatos, louças, acessórios e objetos diversos. Mas essa, em Schöneberg, é especializada em livros. Maravilhosa!

Eu nunca tinha ouvido falar nesse autor britânico, mas uma rápida pesquisada mostra que ele já ganhou vários prêmios. Olha, bem merecidos!

A história, maluca, cheia de reviravoltas, mistérios, plot twists e partes engraçadas, é um primor de criatividade.

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Clarice e eu

O livro do Clube do Livro de Münster do mês que vem é “A Paixão Segundo G.H.”, da celebradíssima Clarice Lispector.

Lembro vagamente de ter lido Clarice na adolescência (“A hora da Estrela”); lembrava da história, mas não do estilo. Dito isso, estava muito empolgada em ler esse ícone da literatura brasileira.

Olha, com tristeza e até um pouco de vergonha venho aqui dizer que nós duas não conseguimos nos entender muito bem. Meu cérebro acostumado com narrativas mais simples e lógicas não conseguiu acompanhar a genialidade dela. Sim, eu reconheço que a mulher não é fraca, que domina as palavras e a escrita como ninguém, que é inteligentíssima e tudo mais. Mas não via a hora de acabar o livro (que não tinha nem 200 páginas).

Mas vamos do começo. 

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A história vista pelos sapatos

Minha irmã, a administradora e advogada Andréa Ferraz (pensa no orgulho que eu tenho!) ama sapatos. Ama de verdade. Então, não pude deixar de pensar nela quando vi “Women form the Ankle Down: the story of shoes and how they define us” (tradução livre: “Mulheres do tornozelo para baixo: a história dos sapatos e como ele nos definem”), de Rachelle Bergstein.

Na verdade comprei esse livro para ela, mas como levo a sério o controle de qualidade dos meus presentes, li primeiro e estou fazendo a resenha para essa linda.

Parece um livro de moda e curiosidades, mas na verdade é um livro de história do século XX que usa os sapatos como protagonistas de algumas mudanças culturais bem importantes. 

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Um holograma para o rei

Quando “A Hologram for the king”, de Dave Eggers caiu na minha mão em um mercado de pulgas, fiquei bem atraída pelo título e até imaginei que fosse uma obra de ficção científica. 

Aí me lembrei que tinha visto o nome do autor em algum lugar; claro, ele escreveu “O círculo”, que não gostei nem um pouco (se quiser ler a resenha, está aqui).

Mas realmente a capa me atraiu demais (sou dessas…rs), de maneira que resolvi dar mais uma chance a ele. Ainda mais porque esse romance era anterior ao que eu não gostei e ainda tinha uma chamada para o fato de que a história virou um filme protagonizado pelo Tom Hanks (Tom geralmente escolhe bem os roteiros).

Quer saber? Valeu demais! Nem parece que foi a mesma pessoa quem escreveu os dois livros. Impressionante a diferença.

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Vamos visitar uma exposição?

Como eu amo as surpresinhas dessa cidade!

Ontem descobri por acaso (passei em frente) a exposição Go! ou Game Over, do coletivo de artistas Die Dixies.

Eles pegam edifícios prestes a ser demolidos e fazem instalações de arte temporárias. Dessa vez, enfatizaram bastante, além da arte urbana, arte digital e NFTs.

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Hibisco Roxo

Eu já tinha começado a ler Chimamanda Ngozi Adiche com sua obra mais famosa, Americanah. Achei a história interessante, mas contada de um jeito muito arrastado, a ponto de ter me desinteressado na metade e abandonado a leitura.

Mas resolvi dar mais uma chance a essa premiadíssima autora quando vi que o livro do mês do Clube do Livro de Münster era Hibisco Roxo. Eu li na versão original em inglês, mas tenho certeza de que ela existe em português; vou colocar o link para quem quiser comprar, pois recomendo muito.

Dessa vez consegui abraçar a narrativa e entrar na história narrada por Kambili, uma menina de 15 anos que mora na cidade Enugu, na Nigéria. Ela e Jaja,  o irmão mais velho são muito unidos. Educadíssimos e gentis, sofrem abusos morais de seu pai, um industrial riquíssimo e fanático religioso. 

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