Aproveitamos a semana anterior ao nosso aniversário para passar uns dias em Londres, cidade onde só estive uma vez, em 1998, quando fui participar de um Congresso Internacional de Aeronaves não Tripuladas em Bristol. Na ocasião, só passei dois dias na cidade e mal dormi, de tão emocionada e querendo aproveitar o tempo ao máximo. A conclusão? Continuo a mesma pessoa emocionada…rsrs
A gente resolveu ter uma nova experiência: fomos de trem noturno (Berlim-Bruxelas) e depois o Eurostar, para cruzar o Canal da Mancha por baixo. Muito legal (recomendo), apesar de ser um pouco mais caro que de avião (se você não quiser compartilhar o cubículo com mais pessoas).
Mercato Portbello e Lancaster Road
Chegamos na nosso AirBnb em Londres já eram quase 4 da tarde; lá fui correndo aproveitar o solzinho de final de tarde e explorar as imediações do Holland Park, onde a gente ficou. Bati perna no Mercato Portbello e na Lancaster Road, onde tem as casinhas mais coloridas da cidade.
Brick Lane
No dia seguinte teve passeio o dia todo em vários lugares bacanas; teve chuva, sol e todas as variações possíveis de temperatura. Mas essa seção é toda dedicada à deliciosidade que é caminhar pela Brick Lane. Quando voltei para casa, quase que precisei de uma cirurgia para colocar o queixo de volta no lugar…
No busão
Na próxima galeria temos um apanhado geral do sábado. Dica de ouro: a gente estava sempre andando de metrô por força do hábito, mas aqui tem muita fila porque as estações são tão profundas que só dá para chegar de elevador. Aí resolvemos andar só de ônibus e quando temos a sorte de pegar o lugar VIP (no segundo andar, bem na frente), é puro deleite! Um ponto de vista privilegiado; dá para tirar ótimas fotos. “All you can eat” para os olhos!!!
Museu Victoria & Albert
Que tal uma voltinha no maravilhoso Museu Victoria & Albert? Tem muitos tesouros roubados, claro, mas peças bem importantes, como a gigantesca coluna romana cuidadosamente esculpida com cenas de guerra, são réplicas perfeitas. E muitas das peças copiadas são só o que sobrou para contar a história, já que alguns originais foram perdidos em guerras ou por falta de manutenção adequada. Mas o que eu amo mesmo são as cenas em porcelana e as caras de canastrão dos personagens… poderia ficar horas vendo isso…rsrsrs
Sky Garden
Sabe esse prédio de vidro aí atrás dos mais antigos, na primeira foto da próxima galeria? Ele se chama Sky Garten, tem 36 andares e a gente pode subir até lá para admirar a cidade de cima. Fizeram um bar, restaurantes e jardins com essa vista belíssima! Mas sabe a maior curiosidade dele? É que ainda durante a construção, em 2013, os raios de sol bateram nos seus vidros (sim, tem a distorção da lente do celular, mas ele é meio curvado mesmo) e isso funcionou como uma espécie de lupa, concentrando o calor e fazendo derreter as partes plásticas de um Jaguar que estava estacionado em uma rua ao lado. Hoje eles conseguiram contornar o efeito (ele não reflete mais tanto a luz), mas o caso deu muito o que falar há 10 anos, quando a história apareceu em vários jornais. Quando eu iria imaginar estar subindo nessa ex super lupa, né?
Grafitti Tunel
Você já conhecia a túnel do grafitti? Fica embaixo da estação de metrô Waterloo, em Londres! Eles ocuparam todo o espaço com arte urbana; tem também umas lanchonetes e street food nos arredores. Preciso dizer que amei?
Greenwich Market
Esse lugar se chama Greenwich Market e dá para ver quanto dinheiro rola nessa cidade. É um complexo de prédios, uma arena de shows, um distrito de design e até um teleférico gigante (só não andei porque o dia estava muito nublado; não ia dar para ver nada). O bairro todo tem uma identidade visual bem clara e usa espelhos furta-cor em todos os vidros, além da mesma paleta em todas as peças de divulgação. Além do colorido, a arquitetura também chama muita atenção. Se gostei? Imagina…
Uma biblioteca com historinha…
Essa foto seguinte tem história… é claro que eu não iria passar por uma das principais referências culturais do mundo em literatura, ciência e mais várias outras áreas do conhecimento sem visitar uma biblioteca.
Eu amo as salas de leitura monumentais; para mim, elas têm um ar quase sagrado. Pois não tinha visto nenhuma biblioteca assim por aqui. Pesquisando, achei que a Maughan Library era o mais perto do que eu queria (inclusive algumas cenas do Harry Potter foram gravadas aqui); ela fica dentro do Royal College.
Bem, lá fui eu logo de manhã, só para chegar e ouvir a guarda do prédio dizer que somente estudantes cadastrados podiam entrar; o prédio não era aberto ao público.
Eu quase chorei e ela ficou curiosa e perguntou porque eu queria visitar uma biblioteca que não era um lugar turístico. Eu disse que era apaixonada por esses templos de conhecimento e que elas eram como igrejas para mim.
Ela me perguntou de onde eu vinha e disse que era do Brasil e já tinha visitado bibliotecas em vários países do mundo (não é completamente mentira ) e jurei que iria ficar quietinha se ela me deixasse entrar.
E não é que colou? A linda não apenas me deixou entrar como ficamos mais de meia hora conversando na saída; ela disse que também amava bibliotecas e super entendia meu sentimento. Viramos best friends
No final, a biblioteca era gigantesca, mas projetada da maneira mais funcional possível; toda cheia de salas individuais e cabines à prova de som, além de espaços para trabalhos em grupo.
A sala de leitura era muito pequena e eu não quis atrapalhar a concentração dos estudantes. Então foi só uma foto bem discreta. Mas aquela atmosfera, nunca vou me esquecer, graças à delicadeza da Hannah, essa querida!
Horizon 22
Apesar do dia estar nubladíssimo, o gato que mora em mim queria ver a cidade de cima, de novo. Dessa vez escolhi o Horizon 22, um prédio beeem alto! O Sky Garten, que a gente foi domingo, tinha 35 andares. Esse tem 58!
Fazendo um zoom, dá até para ver as pessoinhas no outro prédio, dá uma olhada! Eu adorei também ver as linhas da estação de trem (acho que é a Watterloo), que parecem fitas alinhadas.
O Horizon 22 não tem bar nem nada na cobertura; só a vista de tirar o fôlego, que achei muito mais sensacional que o Sky Garten. Esse também é de graça; é só baixar o site na hora com o QR code e preencher os dados para pegar o ticket. Recomendo muito!
Museu de História Natural
Desconheço duas crianças que gostem tanto de museus de ciências como o Conrado e eu! Os olhinhos ficam brilhando de ver tantas coisas maravilhosas! Imagina você ter aula no próprio museu! Não conhecia o Museu de História Natural de Londres. Além do prédio ser um espetáculo à parte, tem coleções inteiras com peças do acervo de Charles Darwin e Thomas Cook! A parte de interatividade também é muito legal! Tem uma sala que simula o terremoto que aconteceu num supermercado em Kobe, no Japão, em 1995. Com direito a barulho e chão tremendo. Amamos tudo!
Candem Market
Se alguém disser que Londres é cinzenta, mande essa pessoa para Candem Town, mais especificamente Candem Market.
Pensa num lugar todo colorido, com street food, mercado de pulgas e artesanato e, é claro, infelizmente, um monte de turistas (como diz o Conrado, turistas são os outros; nós somos viajantes…).
A cantora ícone Amy Winehouse morou e trabalhou no bairro, inclusive morreu nas imediações. Por isso tantas homenagens à linda que se foi tão cedo.
Deu para encher os olhinhos de cor, inclusive porque São Pedro resolveu abrir 15 minutos de sol nesse dia nublado só para as cores ficarem mais bonitas. Vai lá!
British Museum
O British Museum foi o primeiro grande museu que visitei na vida. E foi muito emocionante, pois passei toda a minha pré adolescência lendo livros do meu avô, que falava das maravilhas do mundo antigo. Tudo que aparecia lá, como a tumba de Tutancâmon e a famosa pedra de Rosetta, estavam nesse museu. Meu fascínio era tanto que paleontologia era a única profissão que disputava em pé de igualdade com agente secreta e piloto de helicóptero como profissões que eu sonhava ter quando crescesse.
Imagina que meu coração pulou várias batidas quando entrei nesse templo, em 1998. O Tutancamon já não estava mais lá, mas toquei de leve a pedra de Rosetta (aos prantos) e fiquei hipnotizada pelos mármores de Elgin, trazidos diretamente do Pathernon.
Hoje, 26 anos depois, fiquei novamente comovida. Muita coisa era diferente do que eu me lembrava. Não tinha tanta gente naquela época; a pedra de Rosetta agora está numa caixa de vidro e os mármores já não são tão impressionantes comparados com o Pergamon de Berlim.
Mas a coleção de múmias e objetos egípcios continua imbatível, assim como as inúmeras esculturas de todos os tamanhos (amo!). E, dessa vez, a supresa maior: a sala de leitura foi reaberta (fechou um ano antes da minha visita e só reabriu em 2000). Lá Virginia Wolf, Karl Marx e Oscar Wilde passaram horas e se aqueciam do frio no inverno (foi o primeiro prédio público a ter eletricidade e aquecimento).
Pensa num coração quentinho.
National Gallery
Vamos visitar um dos museus mais lindos do mundo na minha opinião (dos que vi até agora, claro). Prédio, acervo, tudo maravilhástico!! Para fechar o dia com chave de ouro (foi nosso último dia).
Por ora, fiquem com a minha curadoria debochada…rsrs
Resumão para fechar
No nosso último dia nessa cidade maravilhosa que é Londres, São Pedro nos deu de presente um dia belíssimo! Aqui estão as fotos que achei interessantes.
Espero que todos tenham se divertido como eu! Obrigada pela companhia
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