Nossa, só porque fiquei enferrujada sem escrever contículos a partir de 3 palavras achadas aleatoriamente no dicionário, não precisava avacalhar, né? Agora vou ver o que consigo fazer com esse trio complicado. Vamos lá…
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Solange acordou com a manopla do seu marido bem em cima dos olhos. Arlindo, que ganhava a vida como jardineiro, era assim mesmo; relaxava tanto no sono que se esparramava todo. A moça nem se mexeu, pois aquela mãozona acabava servindo como máscara e ela sempre dormiu melhor no escuro.
Os últimos meses foram complicados: Solange ficava mal no inverno, sentia muito frio, não tinha vontade de sair da cama para nada. Bela profissional: quem é que iria querer uma faxineira pusilânime?
Foi aí que nossa protagonista se deu conta: estava toda animadinha e plena de energia, mesmo sem saber se fazia sol ou não.
Sentiu um formigamento no cabelo e afastou com cuidado a mão do marido. Engraçado, parecia terra e folhas; estava até um pouco úmido. Uma bolinha no canto em forma de gota; seria um botão? Gente, por isso é que ela estava tão cheia de ideias: sua cabeça estava em plena eflorescência!
Olhou para o Arlindo e pensou: coisa mais linda, esse Amor-Perfeito…
Mariano Heung
Adorei este texto. Vou voltar a recomendar este site!
Fatima
Peraí, guria! Isso tá mó coisa lindaaa! Caraca! Como é que eu não escrevo um negócio assim tão tão leve, tão love, tão live? Lígia você está poetíssima neste texto! Conhece a escritora Ivana Arruda? Seu conto me remeteu a ela.A Ivana escreve (inclusive)coisas assim cheias de poesia e surrealismo. Parabéns, tá? Fatima/Laguna
ligiafascioni
Ahahahah… gostou? Devo estar muito romântica, ultimamente…. vou ficar um mês longe do maridão e as saudades já estão batendo forte 🙂
Beijocas e saudades!