Bruges: nem parece de verdade…

Bruges é Patrimônio Mundial da UNESCO desde 2000 e, olha, título mais que merecido. A cidade, nascida em 1128, é cheia de construções dos séculos XVI e XVII. Tão bem cuidada que parece um cenário de filme de época. Na verdade, fiquei mesmo foi com a impressão de que ela se transformou num parque temático, dada a quantidade assustadora de turistas entupindo todos os lugares.

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Um passeio por Leuven

É uma cidade universitária a 30 km de Bruxelas cheia de centros de pesquisa onde tive a oportunidade de passar o final de semana. Tem cafés maravilhosos, arquitetura belíssima e uma história muito interessante. Do século XI a XV, Leuven foi o centro comercial da província, e a riqueza aparece nos seus prédios, principalmente a prefeitura.

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Inovação na Ásia e na Alemanha

Hoje participei da Asia Pacific Berlin Week : Conference on Innovation, evento patrocinado por um projeto de cooperação entre os países asiáticos da costa do Pacífico e a Alemanha. 

Para quem estuda inovação há tempo, não tinha muita coisa nova, mas foi bom para ver que as informações que estou compartilhando em palestras, textos e vídeos estão perfeitamente atualizadas. 

A primeira palestra, de Ruo-Mei Chua, uma consultora baseada em Singapura, falou sobre o que as empresas precisam para continuar relevantes no mercado. Basicamente o que sempre falo nas minhas palestras sobre inovação: a ênfase na empatia e na criatividade do ser humano. Aliás, ela fechou com uma frase de Li Kai Fu que achei ótima: “Deixe os robôs serem robôs, e os humanos, humanos”. 

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As origens da frustração

Meu faro não engana. Devia ter prestado mais atenção na minha intuição, mas resolvi ignorar todos os sinais.

Meus principais critérios para escolher livros quase sempre dão certo: capa (sim, sou dessas), título, autor, editora, resenha na quarta capa, nessa ordem. Por que a capa é mais importante? 

Minha teoria (que poucas vezes me deixa na mão): se a capa é boa, significa que o designer leu o livro, gostou e se esforçou por comunicar a ideia. A editora investiu num bom profissional para fazer isso e a obra passou pelo crivo de gente competente no seu ofício.

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sobre heróis…

Estava aqui fazendo palavras cruzadas em alemão e me dei conta de como o modelo mental também é diferente.

A palavra tinha que descrever o contrário de herói (Held). Tudo o que tentei não encaixava; procurei sinônimos para vilão, bandido, criminoso, assassino… nada dava certo.

Desisti e fui fazendo as outras, até que tudo se encaixou.

O contrário de herói não é vilão. 

É covarde (Feigling).

Reflitam.


A tarde sabe de coisas…

Daniel Pink é um escritor que acompanho há alguns anos, desde “A revolução do lado direito do cérebro”. Assim, não poderia deixar passar batido “When: the scientific secrets of perfect timing” quando o vi numa livraria de aeroporto.

Pink reuniu estudos científicos sobre os padrões de comportamento dos humanos em relação ao tempo (na verdade, a discussão toda é sobre timing, mas não sei como traduzir essa palavra para o português). 

O autor começa explicando que há padrões de comportamento facilmente identificáveis com a ajuda da tecnologia sobre as decisões que tomamos em relação aos horários do dia. E começa apresentando uma análise feita com o auxílio de inteligência artificial que analisou 500 milhões de tweets publicados por 2.4 milhões de usuários de 84 países em um período de dois anos. A ideia era identificar os efeitos positivos (entusiasmo, confiança, nível de alerta, etc) e efeitos negativos (raiva, letargia, culpa, etc). Os resultados são impressionantes. Independente se quem escreveu o tweet era norte americano, asiático, muçulmano, ateísta, negro, branco, homem ou mulher, o padrão era claro: o humor positivo aumenta pela manhã, reduz consideravelmente à tarde e volta a crescer no início da noite. As pessoas sentem-se mais felizes ao longo da manhã e menos felizes à tarde. À noite, as coisas começam a melhorar novamente. É claro que esse é um padrão estatístico (antes que alguém aí diga que não é bem assim).

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WTF?

Eu me lembro muito do nome Tim O’Reilly porque a editora dele foi responsável pela publicação da maioria dos livros de programação e tecnologia da informação que li e consultei na vida. Nos anos 80, 90 e 2000, quase toda a literatura da área vinha dessa que foi a primeira grande editora especializada no assunto que se tem notícia.

Daí que esse senhor, que carrega praticamente toda a história da computação e da informática (ainda se chama assim?) nos ombros, resolveu publicar um livro não técnico, falando sobre como ele imagina que será o futuro.

Uma das grandes sacadas é o próprio nome: “WTF: What’s the future and why it’s up to us” (Tradução livre: “WTF: Qual é o futuro e porque ele depende de nós“). É que WTF é uma expressão em inglês que significa “What The Fuck?”; em português penso que a tradução que mais se aproxima é “Que porra é essa?”. Pois ele usa WTF como acrônimo de “What the Future?“, (que, no final das contas, significa, usando um pouquinho de humor e licença poética, quase a mesma coisa…rs). Continue reading “WTF?”

Será que existe um momento certo para inovar?

Esse é o tema que a gente trata essa semana no Berlim Tech Talks, nosso canal de vídeo que trata de tecnologia e inovação, pois é uma questão recorrente. Muita gente tem ideias brilhantes, tentam implementar e não dá certo. Alguns anos depois, alguém lança a mesma ideia com pequenas modificações e vira um estrondoso sucesso. Por que isso acontece? Será que a  ideia é mesmo a parte mais importante de uma inovação?

Dá o play no vídeo e vem ver o que pensamos a esse respeito.

As mulheres e o muro

Amanhã é o Dia Internacional da Mulher; aqui em Berlim, a partir desse ano, passa a ser feriado municipal. Esse é o ano também em que se comemoram os 30 anos da queda do Muro de Berlim.

Penso que o momento é oportuno para representar minhas irmãs, pois nunca as mulheres se uniram tanto para se proteger, lutar por seus direitos e ficarem mais fortes. O que não deixa de ser o avesso do muro de Berlim, que em vez de unir, separava. Em vez de empoderar, enfraquecia. Em vez de honrar, humilhava. Em vez de enfatizar a cooperação e a gentileza, machucava e embrutecia. Em vez de tornar o mundo mais belo, fazia-o ficar mais horrível. Ainda bem que aquilo acabou e cabe a nós transformar as lascas em lições, em força, em superação.

Mulheres, juntas, podem fazer coisas maravilhosas.

Quem quiser conhecer mais sobre o trabalho com as cascas do muro de Berlim e as ilustrações de mulheres, é só visitar o site ou as redes sociais:

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