Nas minhas peregrinações em mercados de pulgas atrás de livros bacanas, encontrei esses dois policiais: um que achei chato e outro muito bom.
Vamos falar primeiro do “Hunde von Riga“, do Henning Mankell. A tradução do título é “Cães de Riga” e me chamou atenção porque Riga é a capital da Letônia e está na minha lista de cidades para conhecer urgentemente, pois dizem que é linda. O autor é sueco (os suecos são ótimos para escrever thrillers; vide a trilogia Millenium do Stieg Larsson) e o comissário que investiga os crimes chama-se Kurt Wallander. Depois descobri que o tal Wallander é famoso e protagoniza uma série que passa na televisão; então esse é apenas um dos episódios.
O que achei? Para um thriller, arrastadíssimo. O tal Wallander, na minha opinião, deveria se chamar “Mallander”, pois as coisas acontecem e ele apenas observa. Inseguro, presa fácil de mulheres complicadas, o sujeito não tem nenhuma ideia brilhante na história e o crime acaba se resolvendo sem a participação dele. Mesmo assim, parece que a maioria não compartilha da minha opinião, pois se até um seriado o personagem ganhou, então talvez ele não tenha se saído bem apenas nessa história. Quem sabe eu ainda dê uma outra chance para esse “Mallander”. Vou pensar.
Já o segundo livro, “Fundort Jannowitzbrücke“, é o romance de estreia de Stefan Holtkötter, que em 2005, quando o livro foi publicado, trabalhava como consultor motivacional para desempregados durante o dia e complementava a renda como Barman durante a noite, em Berlim. Nesse meio tempo, o moço ainda conseguiu tempo para escrever a história. O título me atraiu porque Jannowitzbrücke é uma ponte que fica a apenas algumas quadras de onde moro, e abriga uma estação de trem. O livro conta a história de um serial killer que mata moças com um perfil bem específico até que uma foge do padrão. O bacana é que há o comissário problemático (aqui o moço se chama Michael Schöne), mas também uma equipe de investigadores de polícia bem treinados que não deixa espaço para um herói. O sucesso do trabalho depende da colaboração e sensibilidade de cada um, como, aliás, é comum no seriado Tatort do qual já falei aqui.
O que achei? Sensacional! Além das paisagens bem conhecidas (boa parte da ação se passa entre a Alexanderplatz e Kreuzberg, locais próximos), o roteiro é bem escrito e ele consegue manter atenção até o final. Pelo que vi, a carreira do moço decolou, pois já lançou 11 livros depois desse e agora é autor em tempo integral. Vou procurar outros!
Nana
Adoro um bom thriller!
Bj e fk c Deus.
Nana
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