O livro de Carlos Moraes conta a história de um padre louco por futebol que, desiludido com o pouco de fé e amor e o muito de ritual a aparência que grassa na igreja, resolve desistir da batina. Ao mesmo tempo, ele é preso por algumas manifestações idealistas e até um pouco adolescentes na época da ditadura. Uma frase aqui, um texto mais empolgado acolá, alguns desafetos além, e ele acaba virando preso político numa cadeia comum numa cidadezinha gaúcha perto da fronteira entre o Uruguai. Aí ele descreve os companheiros, a rotina, suas dúvidas existenciais. Tudo cheio de humor e lirismo, até para quem não curte futebol, como eu.

A invenção do benchmarking
Há muito mais coincidências entre as histórias de Pitágoras e Jesus do que a gente pode imaginar…
Das belas coisas que é do céu contê-las
Essa frase da Divina Comédia de Dante Alighieri serve de título para o livro de Dinaw Mengestu, um etíope radicado nos Estados Unidos. O romance trata justamente da experiência de …
Demian
Li Demian, de Hermann Hesse, na minha adolescência, e me recordo de ter ficado muito impactada. Não me lembrava direito da história, tudo que ficou na memória foi frase: “A …
Filha, mãe, avó e puta
Apesar de nunca ter conhecido pessoalmente uma prostituta (quer dizer, talvez já tenha conhecido sem saber), acho essa uma profissão como qualquer outra. Penso que não teria nenhum problema em …
Ócio, demanda e comichão
Feriadão, João Roberto está no canto da cozinha totalmente tomado pelo tédio, transpirando ócio até pela sola dos pés. Eis que entra Eneida porta adentro, esbaforida: — Levanta, nêgo. Assaltaram …
Senhoras da valsa
Cá entre nós, não é por ser minha mãe, mas essa mulher não é fraca não. Clotilde Fascioni publicou seu primeiro romance espírita (Perfume de Magnólia) há pouco mais de …
Comer, rezar, amar
Acabei de ler o livro de Elizabeth Gilbert e posso dizer: gostei. Aliás, não gostei, adorei. É uma história comprida que começa com uma crise existencial; Liz tinha tudo: uma …
A viagem do elefante
O José Saramago era assim: ou a pessoa amava o que ele escrevia, ou não conseguia se entender muito bem com aquelas vírgulas todas e acabava deixando-o de lado. Faço …
Conto coletivo: Onofre
Lembra daquela brincadeira em que uma pessoa começa uma história e as outras vão continuando? Pois é. O Fernando Cabral, compadre do Facebook, convidou algumas pessoas para brincar com ele, …
Dr. House também escreve!
A obra se chama “O vendedor de armas” e, apesar de ter sido escrita em 1995, só agora é que foi publicada no Brasil. Gente, o cara escreve MUITO BEM! É um policial daqueles cheios de ironias, com reviravoltas internacionais e conspirações.
A elegância do ouriço
Confesso que a primeira vez que vi “A elegância do ouriço“, de Muriel Barbery, fiquei curiosa por causa do título, mas a lista de desejos literários era tão grande que …