A startup de Gutenberg

Há algumas semanas estive em Mainz, numa das experiências mais legais da minha vida: visitei o Museu Gutenberg, instalado na casa onde morava o homem que inventou os tipos móveis e revolucionou a comunicação no planeta. As fotos e o relato estão aqui.

Pois achei, na lojinha do museu, um romance de uma jornalista britânica especialista em prensas móveis, publicado em 2014, que conta a epopéia por trás dessa grande invenção. O livro é “Gutenberg’s apprentice”, de Alix Christie.

Achei (penso que a autora também) que estivesse diante de um romance histórico. Também, mas não só. 

É um livro sobre empreendedorismo tecnológico e inovação com todos os ingredientes necessários: o desafio de desenvolver uma tecnologia inovadora; a dificuldade de encontrar investidores; o custo e o tempo que sempre superam as estimativas; os clientes que desistem em cima da hora, depois de um amplo investimento em matéria prima; as relações políticas e de poder, imprescindíveis para o sucesso do negócio; a resistência do mercado ao novo; a preocupação com o segredo industrial; as frustrações, a falta de dinheiro e o desânimo antes do grande boom. Está tudo lá. 

E, olha, não quero dar spoiler, mas o final foi bem inesperado para mim…

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Rework

Olha, confesso que me irrito bastante quando leio clichês do mundo empresarial, tipo pessoas pregando loucamente que é preciso repensar o mindset, que as empresas precisam ser disruptivas e escalar para crescer exponencialmente. Será que ninguém reparou que se todo mundo crescer exponencialmente a coisa explode, uma vez que os recursos são limitados? Que, aliás, […]