Os fãs de toy art piram!

Bom, descobri uma galeria especializada em coleções, a Me Collectors Room Berlin/ Stiftung Olbricht. Pois a mostra da vez era uma coleção de desenhos, cartoons, brinquedos e toy arts pertencente ao alemão de origem turca Selim Varol (ele mora em Düsseldorf). Gente, sério que eu nunca vi uma coleção tão grande; mais de 15 mil peças de todos os tipos, tamanhos e cores, e considere que ele só tem 39 anos.

Não sei onde é que o Selim guarda isso tudo quando não está expondo (acho que ele deve ter uma galeria em casa). A parte de desenhos é incrível, bem-humorada e cheia de críticas à sociedade de consumo (veja só). Aí a gente sobe uma escada e realmente começa a surpresa: o moço deve ter um toy art de cada tipo que existe no mundo, só pode.

O colecionador com nome de banco de bicicleta resume numa frase a sua paixão pelos desenhos e brinquedos:

“Minha coleção sou eu – minha infância, meus amigos, meus herois, meus personagens, o que eu gosto, o que me move. Imagens para a minha jornada: ‘em casa eu sou um turista’” (Selim Varol)

A galeria é muito bacana e bem estruturada; tem um café/restaurante charmosíssimo, uma lojinha com livros tentadores e dois andares com salas bem grandes − vale cada centavo do ingresso. E o mais legal: eles deixam fotografar tudo!

Então aproveita e convida a criança que mora em você para vir comigo ver a exposição; certeza que você vai gostar!

Legal, né? Pois isso não é nem o começo! Clique aqui e vá lá no Flickr para ver a exposição toda.

Ah, se você se interessa pela discussão das relações entre toy art e design, já escrevi a respeito; é só clicar aqui.

A única língua que o diabo respeita

Até Satanás tem medo dessa língua, pelo menos é o que dizem do húngaro (e eu acredito); na aula de alemão tinha uma menina húngara que nos falou que eles têm 15 casos de declinações! E eu reclamando dos 4 do alemão, que faz todo mundo (inclusive os nativos) arrancar os cabelos. Isso sem falar na complicação que devem ser as regras de acentuação (eles têm dois acentos agudos em cima de uma letra, parece um trema riscado, além do trema propriamente dito).