Olhos de turista

Sabe aquele feriado chatinho, com chuva e frio? Pois é, a chuva levou a neve embora e agora está bom mesmo é para ficar em casa aproveitando para trabalhar (meu livro de GPS está dando um trabalhão, mas está ficando bem legal!).

Aí criei coragem e dei uma saída para ir ao supermercado (o único aberto na região). Pois mesmo com tudo fechado, passei por vários grupos de turistas sorrindo, felizes por estarem passeando na cidade e nem aí para a chuva, o frio ou o dia que escurece cedo. Casais, turmas de adolescentes, famílias, idosos, pessoas solitárias, todo mundo estava curtindo a vida adoidado numa felicidade só.

É que turista de verdade desfruta cada momento, pois não sabe quando vai ter essa experiência de novo. Não se importa se as lojas estão fechadas, se está ventando, frio ou chovendo. Se tem engarrafamento (que aqui não é o caso) ou se o ônibus atrasou (também não é o caso). Turista de verdade quer mais é aproveitar e viver.

Sempre me encantei com a forma com que os turistas descrevem Florianópolis, minha ilha querida. No verão, sempre que tive chance, saí de lá correndo. Fica tudo lotado, engarrafado, caro, desconfortável. Mas os turistas adoram. Talvez porque tenham justamente o espírito do turista, que vê tudo com otimismo e como parte da experiência.

Fiquei pensando se a gente não tem que dar uma de turista na própria cidade de vez em quando. É muito mais bacana e divertido.

Posso garantir de verdade e com conhecimento de causa, viu?

Por ora fiquem com as fotos das ruas desertas e molhadas (e nem por isso menos lindas e poéticas).

Só com olhos de turista é que você consegue ver luzes de natal na poça d'água
Eu sei que sou suspeita, mas não consigo parar de achar isso muito lindo
Parece rua ladrilhada com pedrinhas de brilhante...
Mesmo achando falsos bonecos de neve uma coisa muito kitsch, esses até que estão engraçadinhos
O povo adora esse grandão aí
Ele parece mesmo feliz 🙂

Parece fácil, mas…

Sempre pensei que a maior dificuldade em aprender português era a nossa gramática, já que a pronúncia é bem fácil, pois a gente fala exatamente como se escreve, certo? Errado. Aliás, erradíssimo. Eu nunca tinha me dado conta, mas a nossa pronúncia (pelo menos a do português brasileiro) é uma das coisas mais difíceis para um estrangeiro aprender, veja só.

O painel semântico do crime

Assim como os brasileiros são apaixonados por novelas, os alemães têm verdadeira fixação por séries policiais. Na terra de Goethe, todas as livrarias têm pelo menos uma seção gigante chamada “Krimi”, que é como se chama a literatura policial por aqui. E, a exemplo das nossas novelas, que são referência mundial em qualidade, a expertise deles é em filmes que retratam situações onde um crime precisa ser desvendado (sim, aqui também tem novelas, mas são bem fraquinhas).

Pessoas na porta das lojas

Tem umas lojas que colocam manequins na porta para chamar a freguesia. Ou será que o objetivo é outro?

Sei não, dando uma olhada na minha coleção, o objetivo de colocar esses garotos-propaganda na calçada parece ser um mistério, nada a ver com atrair gente para comprar (até porque alguns são assustadores). Não sei você, mas eu adoro mistérios, principalmente os desse tipo.

Dá só uma olhada nessas figuras!

Weihnachtsmärkte

Weihnachstmärkte quer dizer, em alemão, feirinhas de natal. E aqui não tem natal sem essas feirinhas, que acontecem por toda a Alemanha no mês de dezembro. Só na cidade de Berlin são mais de 60 para a pessoa escolher onde vai tomar seu Glühwein (que, traduzindo literalmente, quer dizer “vinho incandescente”, nosso popular quentão de vinho), comer seu bratwurst (pão com salsicha) ou comprar suas bolachinhas decoradas.