Durante a viagem do final do ano, fui virtualmente até o Japão e convivi uma semana com Aomane e Tengo, os protagonistas de 1Q84, de Haruki Murakami.
Oskar e a dama de rosa
Lá se foi mais um livrinho daquela coleção fofa de livros de bolso encadernados com tecido metalizado e fitinha de seda para marcar. A história da vez mais parece sessão da tarde (de fato, fizeram um filme baseado no livro).
Mas olha, recomendo que todo mundo leia a história do Oskar, viu? Seria melhor para todos…
Exercícios para encontrar o trabalho de seus sonhos
Continuando a coluna anterior, em que falava do livro “How to find fulfilling work”, de Roman Krznaric, vou compartilhar alguns dos exercícios que ele propõe e que achei muito interessantes.
Monsieur Ibrahim
A história da vez é “Monsieur Ibrahim und die Blumen des Koran” (algo como “Seu Ibrahim e as flores do Corão”) contada por um autor francês, Eric-Emmanuel Schmitt e conta a história de Moses, um menino que vive sozinho com o pai depressivo (a mãe abandonou ambos quando ele ainda era neném), que ignora completamente a existência do filho. Moses é esperto, mas compreensivelmente carente e inseguro. Em suas andanças, acaba ficando amigo de um árabe muçulmano que tem uma quitanda no bairro. A amizade deles é cheia de casos engraçados, mas com sacadas bem bacanas.
Vamos falar de trabalho?
O frio na barriga ao iniciar uma nova vida profissional está grande, mas sei que não estou sozinha. Descobri isso na estante de uma livraria, nas páginas de “How to find fulfilling work”, de Roman Krznaric.
A analfabeta
Desde a primeira vez que pus os olhos sobre “Die Analphabetin”, da Agota Kristof, foi encantamento à primeira vista. É que agora, conseguindo ler um pouco em alemão, já me sinto uma semi-analfabeta. Mas quando cheguei aqui, há quase um ano, a sensação de ver as placas nas ruas, propagandas e vitrines era exatamente essa. Olha, posso garantir que não é nada agradável.
A prova e a terceira mentira
Penso que não apenas os designers, mas todos os profissionais das áreas conhecidas como”criativas” sempre ganham muito quando lêem boa literatura. Além de uma verdadeira delícia que é poder desfrutar de tanta inventividade, dá para aprender e se emocionar bastantão.
Porque a sexta é melhor que o sábado
Por que as pessoas tendem a ver sempre o lado positivo das coisas? Não tem mistério: somos programados assim por uma questão de sobrevivência, olha só.
O grande caderno
O livro “Das große Heft” (O grande caderno) de Agota Kristof, conta a história de dois meninos que são deixados pela mãe na casa da vó, por causa da guerra. A avó é uma bruxa daquelas horrorosas, mas os meninos (gêmeos) têm uma capacidade de adaptação impressionante. Eles conseguem conviver com a megera e passar pelos horrores da guerra aparentemente incólumes. Recomendo.

Quero ser rica
Reparando esse cenário em que a gente vive, de pessoas ensandecidas para trocar aparelhos em excelente estado de funcionamento, fico me lembrando de um conto de ficção científica que li há muitos anos e me impressionou muito.
Para comer direito
Estava passeando pelo site da Amazon e vi essa belezinha de capa dura, chamada “Food rules: an eater’s manual”, de Michael Pollan com ilustrações da Maira Kalman. Sério, o livro é tão lindo que se fosse sobre a produção de tampas de lapiseiras descartáveis no Afeganistão, teria comprado do mesmo jeito.
Extremamente alto; incrivelmente perto
Finalmente acabei de ler “Extremely loud & incredibly close”, do Jonathan Safran Foer. Que o autor é um sujeito extremamente inspirado e sensível, eu já tinha adiantado aqui, com uma amostra de frases brilhantes.
