Tudo começou quando o Flávio Torres, de Belo Horizonte, me mandou uma mensagem inbox, dizendo, de uma maneira educadíssima, que se sentia subestimado quando eu colocava a descrição para cegos nas fotos. Do ponto de vista dele, era um deboche eu descrever fotos que todo mundo estava vendo. Se eu fazia realmente questão de descrevê-las, poderia usar algo como “meu olhar” em vez da grosseira “descrição para cegos”.

Veja como as pessoas interpretam as coisas de um jeito que a gente nem imagina, né? O moço ficou surpreso quando expliquei que era escrito assim porque eu tinha muitos seguidores cegos que ficavam curiosos para “ver” as fotos e que eles mesmos sugeriram o “descrição para cegos”.
Adoro quando as pessoas perguntam essas coisas, principalmente quando são assim tão educadas e gentis. Porque mais gente pode estar pensando a mesma coisa e não diz. Agradeço sempre a oportunidade de esclarecer.

Mas a questão é que o Flávio sugeriu então que eu fizesse áudios descrevendo as fotos. Sem chance; eu sou a pessoa mais anti-audio do universo…rsrs… só assisto vídeos sem som e com legenda. Prefiro mil vezes ler do que ouvir, sem falar a trabalheira a mais, pois a parte escrita teria que continuar (tem gente que pode enxergar e mesmo assim gosta…rs).

Pois não é que o moço se empolgou, desenhou um projeto e convidou a Márcia Mascarenhas, que além de ter uma voz linda, é turismóloga e professora? Ela faz um belíssimo trabalho de pesquisa complementando a descrição de um jeito maravilhoso. O Flávio, Relações Públicas que trabalha com gestão e posicionamento de marcas, faz todo o resto: curadoria das imagens, edição, canais no Youtube e Instagram.

Se esse não é um final feliz, não sei mais o que pode ser. Muito grata de poder ter o privilégio de ter essas pessoas tão generosas na minha vida.