Ontem à noite fui num evento mais que inusitado: uma ópera encenada dentro de uma Stadtbad, ou seja, numa das muitas piscinas públicas de Berlin (cada bairro tem uma linda dessas para o inverno; já falei de outra aqui).
A peça se chama „AquAria_PALAOA – Das Alter der Welt II“ (não estranhe, as aspas em alemão são assim mesmo) que, em tradução livre, quer dizer “Aquaria Palaoa – a idade do mundo II“.
No começo o apresentador explicou mais ou menos a história (só consegui entender alguma partes, meu alemão não está para tanto ainda) e apresentou o consultor da equipe, um cientista que trabalha na Antártida e pesquisa sons no fundo do mar. Pois eles criaram um instrumento especial que é tocado embaixo d’água (parece um conjunto de percurssão). Há microfones normais (mas à prova d’água) e submersos; há trechos em que eles cantam com máscara e tubo de ar comprimido (o som fica bem diferente).
Como toda ópera, a história é triste e o som das vozes é impactante. Surpresa mesmo foi ouvir uma das solistas, que conheci numa feijoada aqui em Berlin. Uma mineira querida (acho que isso é redundância…), daquelas que fala bem baixinho naquele sotaque doce que a gente conhece. Pois quando a moça abriu a boca, até me arrepiei, viu?
A Isabela Santos, formada em canto lírico pela UFMG, também tem um blog onde compartilha sua paixão por Berlin e seus projetos musicais (clique aqui para visitá-lo).
Olha, vou ser bem sincera: não entendi lhufas da história, mas adorei a experiência!!
Fiz até um video curto com a hora que a moça mergulha, olha só.
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