Dar e receber

Eu já tinha gostado muito do Adam Grant em “The originals”; mesmo assim fiquei surpresa com a variedade e profundidade de temas que ele aborda.
Give and Take não é revolucionário, mas é daqueles livros ótimos que organizam as informações que já temos e confirma aquilo que suspeitávamos, mas apoiados em estudos bem sérios.
Como psicólogo comportamental e professor da universidade de Wharton, Grant estudou o processo de tomada de decisão nas empresas e a questão da reciprocidade. Ele descobriu que há três tipos de pessoas: os takers (a tradução seria tomadores ou pegadores, mas acho tão ruim que vou optar por usar o termo original), os givers (doadores) e os matchers (de novo uma tradução infeliz; seria algo como aqueles que tentam equilibrar ou fazer um compromisso entre o que dão e recebem).
Os takers são aquelas pessoas que querem levar vantagem em tudo; aproximam-se dos outros com a expectativa do que podem ganhar com isso. Estão sempre buscando oportunidades de ganhar alguma coisa. A marca registrada dos takers é o lucro nas relações, ou seja, receber sempre mais do que se investe.
Os givers são aquelas pessoas para quem a gente sempre pede ajuda quando precisa. Givers estão sempre dispostos a dar uma mão, mesmo que não recebam nada em troca. Mas outra coisa interessante é que para eles, também é natural pedir e aceitar ajuda. Givers colaboram como que por instinto e sentem prazer nisso.
Os matchers são aquelas pessoas que estão sempre tentando retribuir os favores na mesma medida em que receberam. Estão sempre calculando uma forma de serem justos e equilibrar o que dão e o que tomam como retorno.
Bem, em anos de pesquisas aplicadas em escolas, universidades e empresas, há um grupo que é sempre o mais mal-sucedido, o que tem desempenho pior, o que não consegue muito sucesso profissional. Qual você acha que é?
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