Tia sem filhos

Hoje faz uma semana que a querida Fernanda Bornhausen Sá, fundadora do Portal Voluntários Online e uma das principais referências de voluntariado no Brasil (eita orgulho!) me convidou para postar uma história ou experiência sobre algum trabalho voluntário que faço; a ideia era fazer parte de blogagem coletiva em homenagem ao Dia Mundial do Voluntariado.

E por falar em kitsch…

Está chegando o natal e, mais uma vez, o que se vê por todo o lado é uma overdose de kitsch.

Beleza, mas o que vem a ser esse tal de kitsch mesmo?

Vamos lá: alguns livros sugerem que a palavra kitsch nasceu, vejam só, em Munique, Alemanha, para designar trabalhos artísticos apressados e mal feitos, próprios da cultura de massa. Outras fontes, porém, defendem que o termo veio da Áustria, onde as pessoas (as chiques, é claro) usavam-no como uma gíria para designar objetos de mau gosto. O fato é que a expressão data da revolução industrial, entre os séculos XIX e XX, onde os bens de consumo começaram a ser fabricados em escala industrial (e, obviamente, mal feitos, a julgar pela tecnologia disponível naquele tempo).

É que foi somente nessa época que plebeus puderam ter acesso a coisinhas que antes só os nobres e burgueses ricos podiam colecionar. É claro que a qualidade e o acabamento dos mimos eram discutíveis, mas, para quem antes não tinha nada, foi uma festa. Data daí o início do consumismo desenfreado, um furor que culminou no que hoje se observa em lojinhas de R$ 1,99 (não, por acaso, verdadeiros templos do kitsch).

Necedade, noitada e bacteriano

Bom, primeiro já vou avisando que não tem erro de digitação não: é necedade mesmo. Eu também não sabia que essa palavra existia, mas necedade significa ignorância, estupidez ou tolice (vejam como esse blog também é cultura!).

Dito isso, vamos a mais um contículo criado a partir de 3 palavras achadas aleatoriamente num dicionário (esse é bem rápido porque a agenda está cheia).

Ele chutou o pau da barraca 95 vezes…

Esse fim de semana teve um passeio da escola para conhecer a cidade de Wittenberg. Na verdade, a cidade se chama Lutherstadt Wittenberg, ou “Wittenberg, cidade de Lutero”.
Apesar de eu não ser nem um pouco ligada em assuntos religiosos, a impotância histórica desse lugar não é pequena não.

Wittenberg tinha um mosteiro onde Lutero estudava e o sujeito ficou muito p* da vida quando viu que a igreja católica aproveitou a invenção da prensa de Gutenberg para vender indulgências (ja falei sobre isso aqui). O negócio fez tanto sucesso que vendia como pão quentinho. Em vez de pecar e depois ter que confessar, fazer penitências e toda essa coisa chata para garantir um lugar no céu, bastava comprar esse papelzinho, que era uma espécie de salvo-conduto. Ou seja, quem era rico podia se esbaldar nas delícias pecaminosas do nosso mundinho recém chegado à era renascentista.

O DNA da maçã

Sei que a morte do Steve Jobs já saturou os meios de comunicação e não se fala em outra coisa. Mas também tenho recebido vários e-mails questionando sobre a identidade corporativa da Apple (se ela sobrevive sem seu grande mentor).

Olha, eu acredito que sobrevive sim, e bem. Até porque a Apple é uma empresa, não uma EUpresa. Steve já fez muita falta da outra vez que saiu e, nessa segunda etapa, teve a consciência da importância de deixar sua menina dos olhos bem preparada para sua eventual falta. E vamos combinar que uma organização que pode contar com um Johnathas Ive e um Tim Cook na folha de pagamento tem tudo para não deixar que os viciados na maçã (como eu) não morram de inanição; pelo menos estou contando com isso.

Sobre a Bauhaus

Como hoje é feriado aqui na Alemanha (data da reunificação), aproveitamos o fim de semana para dar uma volta de moto. O destino era Leipzig (breve posts a respeito), mas resolvemos passar em Dessau, que ficava no caminho, para conhecer a primeira escola de design da história, a Bauhaus.

Na verdade, a Staatliches Bauhaus começou em Weimar em 1919 (ainda vou até lá, está na lista). Walter Gropius, o cérebro por trás do negócio, convidou artistas e arquitetos para bolar um jeito de projetar produtos já pensando em como seria a produção em série desses objetos. Tinha gente do naipe de Paul Klee, Wassily Kandinski, Marcel Breuer e Mies van der Rohe, só para citar alguns mais conhecidos. A ideia era que curso permeasse a arquitetura, a arte e o design, sem subdivisões entre essas áreas (Viu gente? No começo era essa coisa linda, todo mundo junto, sem brigas!). O processo criativo acontecia por meio de workshops, com muita experimentação (célula embrionária do design thinking).

A imagem mostra um grafite que representa o tronco de uma mulher escalando uma parede. Ela está de lado.

10 mil horas

É praticamente consenso em toda a bibliografia que competência é a combinação de conhecimentos, habilidades e atitudes para conseguir o resultado que se deseja. Sempre foquei muito na atitude e já explorei bastante o tema. Mas, pelo teor dos e-mails que venho recebendo ultimamente de estudantes e profissionais pedindo conselhos diversos, parece que está mais que na hora de tratar dos outros dois itens do tripé.

Olha a casa da Dona Angela

Ontem estávamos passeando pela Ilha dos Museus e passamos pela frente da casa da Angela Merkel, primeira ministra alemã. Pois é, quando assumiu o governo, Angela teria direito a uma residência oficial, mas como já morava na cidade, achou essa despesa extra desnecessária para o governo e continuou morando no mesmo lugar. O único gasto é com os policiais que fazem plantão na frente o prédio por questões de segurança. Igualzinho no Brasil…