Transformar a percepção faz toda diferença

Deviate: the creative power of transforming your perception*, do neurocientista Beau Lotto, é uma grata surpresa.

A premissa do livro é relativamente simples: se você conseguir entender como seu cérebro funciona, pode alterar sua percepção do mundo, ou seja, a maneira como você vê e interpreta as coisas. Isso afeta tudo, inclusive a forma como você cria novas ideias.

O autor realmente se esforçou para usar recursos gráficos e tipográficos para tornar a forma como parte relevante do conteúdo num livro totalmente preto/branco. O resultado ficou muito interessante; não diria surpreendente porque já conhecia a maioria dos exemplos e técnicas utilizadas. 

Beau Lotto, professor de neurociência em universidades de Londres e New York, é fundador de um laboratório de pesquisa chamado Misfit (desajuste, não-conformismo) e parece ser um cérebro eternamente curioso e questionador. Dá muita vontade de conhecer o moço pessoalmente.

Lotto explica que nosso cérebro foi concebido para resolver incertezas com a maior rapidez possível, por uma questão de sobrevivência. E que essa massa cinzenta, como já sabemos, não tem acesso direto ao mundo exterior. Ela só consegue receber sinais elétricos que os sensores (nossos sentidos) mandam. Para o cérebro, aquela paisagem linda que você vê são apenas sinais elétricos que ele interpreta conforme as informações de referência que ele já carrega em sua “biblioteca” (que também podemos chamar de repertório).

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Homo Deus

No começo, a natureza era coisa mais importante do mundo, e a religião dominante era o animismo. Depois vieram os deuses externos (o Teísmo) como principal referência para as decisões. Agora, a figura mais importante da galáxia é o Homo Sapiens, com suas religiões humanistas. Onde é que vamos parar com isso (se é que vamos)?