Foi muita emoção num dia só. Para quem ama livros, visitar o Museu Gutenberg em Mainz é um marco (fachada na primeira foto). Fico emocionada só de lembrar das coisas que vi! O museu foi totalmente reformado e reabriu há dois meses. Ele não se limita mais a contar a história da prensa que revolucionou a comunicação humana possibilitando a impressão em escala; agora a curadoria apresenta a história da comunicação como um todo, incluindo a internet.
Logo que entrei, um guarda me avisou para ficar alerta porque dali a alguns minutos o alto falante iria convidar a todos para o filme sobre Gutenberg que passaria no auditório (acho que tem nas horas cheias). Depois, uma demonstração da prensa.
Eram umas 15 pessoas sentadas em bancos espaçados. Um velhinho fofo (veja fotos) explicou o princípio de funcionamento e até fundiu um tipo na nossa frente, para a gente ver como era. O gran finale era imprimir uma das primeiras páginas da famosa Bíblia. Eu sentei na primeira fila e babei toda a minha máscara. Ele deve ter visto o encantamento no meu olhar de 10 anos de idade, pois, no final, me deu de presente a página impressa!
Depois fiquei sabendo, pelo Enio Padilha, que já visitou o museu, contou que o presente não faz parte da apresentação, pois na vez dele, ninguém ganhou. Minha cara devia estar mesmo muito deslumbrada…rs
Acho que passei umas duas horas lá; a história da escrita é contada desde os hieróglifos. Tem vários livros preciosos escritos em árabe. A gente aprende que os chineses inventaram o tipo móvel quase um século antes.
Os chineses usam quase 7 mil tipos diferentes de caracteres para imprimir. Já pensou?
Tem ainda várias prensas de épocas diversas; o processo de fabricação do papel; a impressão daquelas firulas douradas nas capas de couro; os tipos de encadernação; uma miríade de livros antigos ilustrados belíssimos; a história dos jornais e folhetos impressos; enfim, dá para a pessoa se fartar de verdade nesse banquete.
Se você tiver a oportunidade, não perca!!
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