Se você não leu ou não se lembra, leia as partes 1 e parte 2 para entender a história.
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Bem, entreguei meus “filhos” para a Leve Design e aguardamos. Uma semana depois, foi nos enviada a nova marca.
Quando vi a proposta, não vou enganar ninguém: fiquei um pouco chocada. É que tanto a Cássia como eu pensamos que o trabalho seria apenas redesenhar o espelho de uma maneira mais profissional.
Mas as meninas do estúdio não são desenhistas; são designers de verdade (e das boas). Elas repensaram a marca na íntegra.
O primeiro sentimento foi de estranheza, pois não reconheci meus conceitos lá. Depois, analisando minha reação, entendi que era puro apego: o redesenho conseguiu aproveitar tudo dos conceitos desenvolvidos antes. As aplicações da marca, com direito a variação horizontal, monograma e estampa, definitivamente conquistaram nossos corações e mentes.
Fazendo uma autoanálise entendi o que significa colocar em prática o que sempre defendi: quando a gente tem foco no cliente, e não no umbigo, desapegar é fácil (ainda mais se o trabalho do profissional ficou evidentemente melhor que o seu).
O resultado é uma marca que me encheu de orgulho ter participado da concepção: uma autêntica experiência de co-criação muito gratificante para mim e, pelo que conversamos, para todas as partes envolvidas.
É sempre um prazer trabalhar com gente competente e ver o final feliz acontecer. Nesse projeto, cada uma fez o que sabe fazer melhor: eu desenvolvi o conceito a partir da identidade, a Leve Design projetou a marca gráfica e a Cássia vai fazer tudo isso virar um sucesso.
Aliás, nossa super empreendedora preparou um depoimento mostrando o ponto de vista dela nessa história toda. Está lá no site da Bendita Pele; clique aqui para ler.
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BÔNUS: Depois dessa trabalheira toda, não consegui resistir e vou compartilhar a experiência hilária que a Cássia teve quando mandou fazer a placa que ficaria na fachada da loja. Ela mandou os arquivos para a empresa e olha o que a pessoa manda de volta, como solução para a fachada dela:
A moça quase teve uma síncope quando viu isso e respondeu que a designer iria surtar se a placa ficasse assim, que era para fazer exatamente como estava no desenho. O responsável afirmou categoricamente que não precisava ser exatamente igual, que ela podia confiar porque ele sabia o que estava fazendo. Ele também era formado em design…. aiaiai!!!
Ricardo Martins
Excelente, ficou muito bom 🙂
Cassia
Amei esta última parte minha querida. Tenho muito orgulho de ter você como uma das “mães” da minha marca. Mais uma vez muito obrigada! Quanto a empresa que faz as placas não tive coragem de fechar com eles, contratei outra, rsrs.
Eduarda Antunes
Olá, Ligia Fascioni
Descobri o blog pesquisando sobre uma citação sua de 2005 que não achei em lugar nenhum no google, e o site que consta na bibliografia de um dos trabalhos que estou usando como base para meu tcc, não existe mais…. no trabalho diz que o título da referência é “O que é mesmo design?”:
O termo Design foi criado na época da revolução industrial. Com a possibilidade de
se fabricar produtos em escala, a primeira idéia foi tentar reproduzir a estética conhecida até
então, dos produtos elaborados e produzidos por artesãos talentosos. Então, vários grupos de
artistas e intelectuais se reuniram para tentar elaborar um conceito que se permitisse
conceber produtos que já fossem pensados, desde a idéia inicial, para serem produzidos em
escala, apresentando formas simples com um mínimo de partes e um máximo de
funcionalidade (FASCIONI, 2005).
FASCIONI, Lígia. O Que é Mesmo Design? Informações disponíveis na Internet.
Disponível em: Acessado em:
17/03/2005.
Preciso de um link válido, me dá uma ajuda?
P.S.: Ah, sou estudante de Engenharia de Produção e o meu tcc trata sobre o Design Thinking.
Eduarda Antunes
** o link sumiu no comentário acima
FASCIONI, Lígia. O Que é Mesmo Design? Informações disponíveis na Internet.
Disponível em: http://www.acontecendoaqui.com.br/co_fascioni02.php Acessado em:
17/03/2005.
ligiafascioni
Oi!
Tentei responder por email, mas voltou porque o endereço estava inválido (?!), então vamos ver se você consegue ver a resposta por aqui.
Aquele artigo (antiquíssimo) citado como definição do design foi publicado no portal Acontecendo Aqui há muitos anos. Depois disso, eles mudaram de layout umas duas vezes, o artigo se perdeu mesmo.
Eu ainda o tenho, mas como não está mais publicado, então prejudica a sua referência. Vou deixar então duas alternativas de referências que você pode citar e que também contém definições de design, não exatamente como está na sua citação, mas talvez dê para adaptar. Também tem um link com textos e resenhas de livros que fiz sobre DT que talvez possa ajudar.
Uma é minha tese de doutorado (mais antiga): <http://www.ligiafascioni.com.br/wp-content/uploads/2010/08/TESE_Ligia_C_Fascioni.pdf>
O livro “O design do designer” (download grátis da 2a. edição): <http://www.ligiafascioni.com.br/livros/o-design-do-designer/> (veja o texto que design x designer).
Link para textos e resenhas sobre DT: <http://www.ligiafascioni.com.br/?s=design+thinking>
Boa sorte e espero que funcione
Ligia Fascioni | http://www.ligiafascioni.com
Eduarda Antunes
Verdade… realmente não recebi seu e-mail, que estranho ter voltado… O importante é que voltei aqui e que bom que tinha sua resposta, muito obrigada!
Vou dar uma estudada nos seus artigos, certamente me aproveitarão! Obrigada mais uma vez!
Beatriz Fazolo
Consegui finalmente ver o final do caso!
Simplesmente sensacional!
O papel da Cássia como cliente também foi essencial, de se permitir e conseguir enxergar o trabalho do designer no envolvimento do trabalho. Parabéns a todos as envolvidas. Com certeza já está sendo um sucesso! 🙂
Julio Winck
Parabéns! É assim mesmo, o processo normal é de vários dias de maturação, sujeito a soluções diferentes e surpreendentes na reta final. Quanto a empresa de placa, deve ser do tipo que “cria” um logo em meia hora, bem baratinho porque é um desenhinho.