Uma das coisas mais lindas que leio nos livros do Haruki Murakami é o amor que ele tem pela música. Mesmo eu, uma pessoa muito pouco musical, fico viajando com a seleção que ele faz para cada momento da trama.
Norwegian Woods (algo como “Madeira Norueguesa”) é uma música dos Beatles que o protagonista, Toru Watanabe, ouve em uma viagem de avião e começa a relembrar seus tempos de faculdade.
Era final dos anos 60, tempos de rebeldia, revolução e confusão, ainda mais para quem estava na adolescência.
O melhor amigo de Toru na escola tinha uma namorada, Naoko. Os três andavam sempre juntos e, apesar de tentarem encontrar um par para o moço não ficar sempre segurando vela, ninguém conseguia ocupar a vaga. Claro, pois Watanabe era apaixonado por Naoko. Ele amava a ela e o amigo mais que tudo, quando, aos 15 anos, o rapaz se suicidou, deixando os dois sem chão.
Watanabe ficou abalado para toda a vida, mas o impacto na namorada, como se verá anos depois, foi muito, muito pior. A ponto dela ter que viver numa instituição para o tratamento de doenças mentais, completamente isolada do mundo. O rapaz vai visitá-la e conhece sua companheira de quarto, um espírito fascinante.
Enquanto isso, ele faz uma nova amiga na faculdade que também sofre de depressão. Um mistério como o moço consegue atrair pessoas com problemas para o seu redor e continuar são, apesar de um pouco perdido.
Como em todos os livros do autor, é tudo muito poético, profundo, dolorido e lindo.
Esse romance, publicado pela primeira vez em 1987, foi o que tornou Murakami uma celebridade no Japão e no mundo.
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