Resenha do livro “The Midnight Library”, de Matt Haig.

Resenha do livro “The Midnight Library”, de Matt Haig.
Você conhece os conceitos de ignorância ativa e passiva? E Ansiedade Doxástica? Vem ver!
Resenha do livro “The six secrets of intelligence: what your education failed to teach you”, de Craig Adams.
No começo, a natureza era coisa mais importante do mundo, e a religião dominante era o animismo. Depois vieram os deuses externos (o Teísmo) como principal referência para as decisões. Agora, a figura mais importante da galáxia é o Homo Sapiens, com suas religiões humanistas. Onde é que vamos parar com isso (se é que vamos)?
Uma história que mais parece um conto de terror que faz as gente pensar nas ações do dia-a-dia.
Um livro interessantíssimo que discute o conceito de valor e de ética e sua evolução até os dias de hoje. Tudo isso de um jeito que pessoas leigas como eu consigam entender. Imperdível.
A história da vez é “Monsieur Ibrahim und die Blumen des Koran” (algo como “Seu Ibrahim e as flores do Corão”) contada por um autor francês, Eric-Emmanuel Schmitt e conta a história de Moses, um menino que vive sozinho com o pai depressivo (a mãe abandonou ambos quando ele ainda era neném), que ignora completamente a existência do filho. Moses é esperto, mas compreensivelmente carente e inseguro. Em suas andanças, acaba ficando amigo de um árabe muçulmano que tem uma quitanda no bairro. A amizade deles é cheia de casos engraçados, mas com sacadas bem bacanas.
Jonathan Safran Foer tem umas tiradas geniais. Seguem alguns trechos de seus escritos (em livros, entrevistas ou textos diversos) com a minha tradução livre a amadora embaixo. Vê se não é de arrepiar.
Peguei o livro do irlandês Gerard Donovan na mão e me senti irremediavelmente atraída, mas dessa vez errei. Imaginava que fosse um romance falando sobre as descobertas da física com toques filosóficos, mas nada disso. A quarta capa trazia umas frases genéricas e avisava que a obra era finalista do Man Booker Prize, um prêmio muito prestigiado.
Ler serve basicamente para desenvolver a capacidade de abstração, o que não é pouco se a gente analisar onde isso nos leva: compreender a dimensão e o contexto da encrenca que é esse mundão, o que implica em entender pelo menos o básico sobre como as coisas funcionam e como a gente chegou até aqui; esse passo é fundamental se quisermos mudar a realidade (ou mesmo deixá-la exatamente como está, o que exige esforço igual ou maior).
Escondida lá no fundo da livraria, a Marilena Chaui, no excelente “Convite à filosofia”, explica que um dos legados mais importantes da filosofia grega para o pensamento ocidental é a formalização da diferença entre o que é necessário e o contingente. Além disso, os gregos nos ensinaram que o contingente pode ser dividido entre o acaso e o possível.
Olha só: o necessário é aquilo que a gente não pode escolher, pois acontece e vai acontecer sempre, independente da nossa vontade. Assim, sempre haverá dias e noites; o tempo vai passar; todas as coisas serão atraídas pela gravidade; você vai morrer algum dia.
Já o contingente é aquilo que pode ou não acontecer na natureza ou entre os homens. Quando o contigente é do tipo acaso, também não está em nosso poder escolher. Exemplos de acaso: não posso determinar se um motorista bêbado vai ou não abalroar meu carro e provocar um acidente; também não posso arbitrar que meu pai seja ou não um jogador compulsivo nascido na Croácia.
Há apenas uma semana, se alguém me perguntasse que livro eu levaria para uma ilha deserta, responderia, sem titubear, “O jogo da amarelinha”, de Julio Cortazar. É um romance cujos capítulos estão estruturados para serem lidos em qualquer ordem. Cada seqüência que o leitor escolhe gera uma história diferente. Muitos livros em um. Ideal para uma ilha, não é?
Pois agora mudei.