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Atenas, sua linda!

Dia 20 de outubro é nosso aniversário (sim, olha que prático, o Conrado e eu fazemos no mesmo dia, apesar dele ser 4 anos mais velho). Para comemorar, decidimos passar o final de semana em Atenas.

Curiosíssima sobre o que ver nesse que é o berço da civilização ocidental, tentei aproveitar o máximo em apenas três dias de visita.

A primeira surpresa: quem vê Atenas de cima, imagina, como eu, que a cidade é toda branca e quase sem vegetação. Mas qual não foi minha surpresa ao ver que, pelo menos nos bairros em que andei (em volta da Acrópoles), ela é super arborizada e muito colorida. Aqui o outono ainda não chegou e as flores estão com tudo!

Nas minhas caminhadas, eu vi um pouco de tudo: cenas interessantes, muito verde, torneiras que eu nunca tinha visto antes (sim, eu presto atenção até em vitrine de casa de ferragem…rsrs), interiores de cafés e restaurantes super acolhedores, músicos de rua, muitas pombas, cachorrinhos fofos (vou deixar os gatinhos para a próxima galeria)…

GATINHOS GREGOS

Outra coisa que me encantou na cidade foi a quantidade imensa de gatinhos de rua gordinhos e bem cuidados. Dá para ver que as pessoas gostam deles, porque todos os que me aproximei pediram carinho sem nenhum medo ou desconfiança. Também observei que todas as casas tinham pratinhos com ração e água, assim como os estabelecimentos comerciais. Inclusive presenciei um gatinho dando a maior bronca numa garçonete, pois o prato dele estava atrasado (ela o serviu morrendo de rir). Que sonho se todos os lugares tratassem assim os bichinhos, né?

MONUMENTOS POR TODA A CIDADE

Eu sei que vocês estão esperando pela Acrópole, mas antes vamos passear um pouquinho pela cidade para ver outros monumentos. Passei pela frente da famosa Academia (o primeiro lugar onde formalmente se estudava), mas estava fechada. Também tentei entrar na Universidade (não deixaram) e, finalmente, a maior tristeza: a Biblioteca Nacional da Grécia estava fechada.

Mesmo assim, ainda temos a Ágora, que era a principal praça da cidade na Antiguidade, onde havia comércio, mercados, lugares para debates e administração pública, biblioteca, templos para os deuses e espaço para a troca de ideias. Ainda restam muitas ruínas entremeadas nas ruas da cidade, para a gente passear, mas não se esquecer do passado.

MONTE LICABETO

Descobri que tinha um monte que dava para subir e ver o por do sol e obviamente fui lá subir a morreba (277 m de altura) porque meu espírito de gato me obriga a ver as coisas de cima. Era para ter um teleférico, mas não estava funcionando; então foi na perna mesmo. E super valeu a pena!

Essas duas primeiras fotos foram tiradas da Acrópoles, olhando para o Monte Licabeto. As demais foram tiradas do alto do Monte Licabeto, olhando para a Acrópoles. Muita lindeza, né?

FINALMENTE: A ACRÓPOLE!

 Acrópole é um monte que fica bem no meio da cidade (165 m), onde os antigos resolveram instalar os teatros e templos de homenagem aos deuses.

O Parthenon, em homenagem à deusa Atenas, que dá o nome à cidade, levou 9 anos para ser construído (imagina levar aquelas toneladas de mármore morro acima), por volta de 54O antes de Cristo (AC).

Depois passou por várias guerras, incluindo a invasão dos romanos. Sabe o que os cristãos fizeram? Destruíram todas as imagens pagãs possíveis e colocaram uma cruz no lugar. O lugar funcionou como igreja até que os turcos tomaram conta e o transformaram numa mesquita.

Mais batalhas, até que os otomanos acharam uma boa ideia armazenar munição dentro; os venezianos simplesmente explodiram tudo com um tiro só, em 1687.

As esculturas restantes foram saqueadas pelos franceses e britânicos; agora imagina o quebra cabeças que os arqueólogos tiveram que montar para colocar aquelas colunas em pé que aparecem nas fotos (sim, são as originais!).

MUSEU DA ACRÓPOLE

Eu me lembro quando visitei o Museu Britânico pela primeira vez, há mais de 30 anos, e fiquei chocada com os mármores de Elgin; uma galeria inteira com esculturas roubadas diretamente do Parthenon.

Agora a história toda faz sentido; os britânicos chegaram com vontade e levaram tudo o que conseguiram — algumas peças tiveram que ser quebradas porque os blocos eram pesados demais para carregar e embarcar nos navios. A desculpa que a Inglaterra sempre usou foi que a Grécia não tinha condições de cuidar do seu patrimônio (aquela teoria de, se eu não roubar, alguém vai)… Pois o Museu da Acrópole é a resposta aos britânicos — agora há um museu com capacidade de armazenar e exibir todas as preciosidades; pois que os lordes fizeram a egípcia e nunca devolveram o tesouro. Enfim…

No domingo choveu torrencialmente o dia todo e todo mundo teve a mesma ideia — passar o dia no museu… pensa numa visão do inferno…rsrsrs

Mas foi muito bacana ver todas as peças e a história do trabalho incrível que os arqueólogos fizeram, ainda que várias delas tiveram que aparecer como réplicas (as originais estão no Louvre e Museu Britânico).

E aí, gostaram do passeio? Também amamos a comida, a gentileza das pessoas e o astral da cidade. Ir em outubro certamente ajudou a temperatura estar bem agradável (amigos me disseram que no verão é muito, mas muito quente mesmo).

Outra coisa: a gente se hospedou no bairro Plaka (nossa estação de metrô era Acrópolis), bem ao lado do museu. Melhor decisão: tudo pertinho e cheio de opções bacanas.

Se quiser saber mais alguma coisa que esqueci de colocar, é só perguntar nos comentários!

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