Tudo que eu queria

Eu queria ter mais tempo para fazer desenhos como esse, que já é bem antigo

Descobri por acaso, um dia desses, um thumbrl muito lindo chamado Tudo que eu queria. Não sei nada sobre  autora, mas parece que a conheço há anos, pois sou um pouco ela (acho que você também). Olha só a ideia que a mina teve: “Porque uma vez eu entrei no metrô e pensei: se eu pudesse querer alguma coisa de alguém aqui, o que seria? Hmmm, a bolsa dela. A revista dele. O guarda-chuva dela. A sobrancelha dele. E por aí vai.

Não é uma ideia muito atraente? Toda vez que fico esperando em algum lugar cheio de gente, fico imaginando histórias para as pessoas; outras vezes, penso que estou num programa de moda e tenho que avaliar a roupa de cada um; já elucubrei até sobre se alguma delas já tinha matado alguém, como num conto policial. Mas nunca me passou pela cabeça escolher alguma coisa para mim.

Mas a blogueira (ou thumbrleira) foi bem além, pois agora não quer mais nada das pessoas, já passou a coisas mais abstratas; olha que bacana esses exemplos pinçados a esmo.

– Queria que toda vez que o porteiro interfonasse fossem flores.

– Queria assistir a um casamento em que a noiva foge.

– Queria escolher óculos de manhã.

– Queria ruas planas para sapatos difíceis.

EU TAMBÉM.

Mas nesse exato momento o que eu queria mesmo era que todo esse pó de gesso se teletransportasse para um universo paralelo no qual eu não tivesse acesso; que eu piscasse os olhos e, quando os abrisse, a reforma tivesse terminado e a casa estivesse linda, cheirosa e cheia de flores… (ó, céus, mais duas semanas ainda…).

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