Sobre rugas

Confesso que não sou daquelas que ama as suas rugas não. Por ser muito branca, tenho pés-de-galinha desde os 17 anos e vivo cheia de creminhos (acho o botox caro demais para durar só 4 meses — com esse dinheiro dá para viajar ou comprar um monte de livros, eu prefiro). Mas, como consolo, olha só que frase mais bacana:

As rugas deveriam apenas indicar onde estiveram os sorrisos Mark Twain

E não é que deviam mesmo?

2 Responses

  1. Gabriel Gómez
    Responder
    28 maio 2009 at 7:05 pm

    Estava no Blog da regininha e vejo o teu que trata sobre rugas…
    Rugas parecem ser novos limites, abrem novos surcos e caminhos… Sobre limites do corpo escrevi… “Palavras são tentativas de aprisionar idéias, colocar balizas, extrema de letras e som, confinando aquilo que pensamos definir, (de) limitar conceitos. Aquelas que não conseguimos pronunciar, as não ditas, se acumulam no corpo como finos cristais quebrados, sutis armaduras de cacos que aumentam o volume. Outras, como simples vidros, são páginas transparentes que se antepõem a tudo. E ainda que pareça grande por fora, se apequena por dentro. A pele se eriça, incapaz de reconstruir-se. O limite acumula fantasmas, rastros e ilusões. O tempo passa por ele com marcas. Os objetos não, ficam estacionados, ocupando o lugar da emoção. O corpo se arrepende,
    paralisa, nutre-se do nada.
    As coisas se enganam, pensam que são outras, quebrando-se aos pouquinhos, mas permanecem nelas, iguais, as mesmas delas mesmas, com capacidade de ressurreição. Reordenam-se, e reaparecem quando são chamadas.
    Não temos apenas limites e, sim, portas. Finas capas de incertezas.”
    Gostei do Blog. Parabéns.

    Lígia Fascioni: Nossa, que bacana, Daniel. É um jeito muito poético de ver as coisas. Também gostei do seu texto, parabéns!

  2. 30 novembro 2011 at 10:37 pm

    As rugas são as marcas que ficam quando batemos de frente com a vida. Bjs♥

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