Caras de papel
Olha só as máscaras incríveis que o artista Junior Fritz Jacquet consegue fazer com rolos de papel higiênico. As expressões não são fantásticas?
Achei no Toxel.
Lápis de chocolate
Você é como eu, que sempre se mela toda na hora de ralar chocolate para causar efeito em algum doce já pronto? Pois seus problemas acabaram! A Nedo Designers criou um conjunto de lápis feitos de chocolate (há vários sabores e tons) que vem com um apontador. Quer colocar raspas de chocolate sobre sua obra de arte culinária? É só apontar suas cores preferidas. Quem teve a ideia e encomendou o trabalho foi o patissier japonês Tsujiguchi Hironobu, o cérebro por trás das famosas chocolaterias Mont St. Claire e Le Chocolat de H.
Agora só falta eles fazerem lápis de casca de laranja e limão. Vou amar…..ahahahah…
Achei no ótimo Marketing na Cozinha.
Frase
“O feio pode se tornar lindo. O bonitinho, nunca.”
Oscar Wilde em Quotes on Design.
Tem alguém no seu chá
A ilustradora holandesa Ester Hörchner teve a ideia original e bem-humorada de desenhar pessoas na louça de chá. Instigante, original e muito criativo. Olha só que coisas mais delicadas, curiosas e encantadoras. Servidos?
A dica foi do imperdível Follow the Colours.
Entendeu ou quer que eu desenhe?
Tem imagem que não chega a valer mil, mas um bom punhado de palavras, com certeza, vale. Nesse mundo babilônico, onde a gente tem que comunicar conceitos complexos em uma língua que a nossa mãe desconhece, só as imagens podem nos salvar.
É claro que se pode usar fotografias, ilustrações e até obras de arte para expressar sentimentos, idéias e mensagens, mas estou falando aqui da comunicação estruturada por meio de regras e convenções – mais especificamente aquelas que usam símbolos gráficos.
Convivo com essas facilidades há muitos anos, afinal, o que são circuitos elétricos e eletrônicos senão desenhos que representam idéias e conceitos? O mesmo vale para os fluxogramas que explicam como funcionam os softwares, os esquemas que emulam plantas fabris e suas máquinas automatizadas, aquele monte de favos de abelha que imperam na química orgânica, os gráficos em forma de pizza, dispersão, radar ou barras; os mapas estratégicos do Balanced Scorecard, as senóides do eletromagnetismo, os vetores da física, a pirâmide de Maslow, o triângulo semiótico, as teias que desenham redes de computadores. E o que seria da física quântica sem aquela figurinha dos elétrons orbitando em volta da esfera-núcleo?
Em comum, todas essas representações têm um altíssimo poder de síntese e nenhuma preocupação com a fidelidade a objetos reais; as cores, perspectivas e efeitos são dispensáveis nesse contexto. Apenas com o auxílio de formas geométricas simples, pontos e linhas, conseguimos entender e lidar com mundos abstratos, impenetráveis de outra maneira.
Um simples rabisco pode desencadear a centelha que faltava para que o conceito seja entendido e a linha de raciocínio, completada. Uma bolinha pode ser um mundo inteiro, um organismo complexo, um centro de gravidade, um ponto de conversão, uma pessoa importante, um nicho de mercado, ou só uma bolinha mesmo.
A despeito de algumas mensagens cifradas nessa linguagem gráfico-verbal precisarem de uma certa iniciação para serem completamente compreendidas, esse é certamente um dos mais poderosos instrumentos de comunicação concebidos pelos humanos.
Aprender a abstrair conceitos na forma de figuras é um talento desenvolvido com minúcias técnicas em qualquer curso de design gráfico, pois o domínio do lápis ainda é (e sempre será) fundamental na construção de marcas e identidades visuais. Mas outras áreas, como as exemplificadas antes, podem e devem usufruir dos benefícios desse recurso, às vezes tão subestimado. O cérebro humano é muito mais preparado para entender figuras (processamento direto e simultâneo) do que palavras (análise seqüencial).
Se a gente tivesse o hábito de exercitar mais a comunicação por desenhos, certamente poderíamos reduzir em muito os mal-entendidos tão comuns nas relações humanas, em especial naquelas do tipo fornecedor-cliente. Não por outro motivo fiquei tão encantada em conhecer o blog da americana Jessica Hagy. Lá não tem um único texto publicado, mas uma miríade de idéias e pensamentos representados por gráficos e esquemas. Um show de abstração em sua forma mais essencial.
Aqui algumas amostras (tradução livre).
Feitiço contra o feiticeiro
Os sites e blogs de design estão cheios de casos bizarros de clientes tapados que não entendem lhufas do assunto e querem dar pitaco o tempo inteiro. Há vídeos engraçados, encenações e fotos de montão. O que eu nunca tinha visto é o cliente mostrando o quão complicado é contratar um designer metido a estrela, aquele que trata os mortais comuns como ouriços-do-mar sequelados. Achei essa situação bem engraçada no Verso do Inverso que achou aqui, acompanhem.
A história é de uma menina que perdeu seu gatinho. Ela escreve para um fórum de design pedindo para eles fazerem um poster (ok, isso não se faz e ela até mereceu o castigo debochado…ehehe). Apesar de ter usado uma expressão inadequada (poster, pelo menos para os designers americanos, são cartazes promocionais de espetáculos) ela deixou claro qual era a função (cartaz). Mas o sujeito se prendeu na palavra poster para e olha só no que deu.
Tradução: “Oi, Eu abri a porta ontem e minha gata fugiu. Ela está desaparecida desde ontem então eu estava pensando que se vocês não estiverem muito ocupados poderiam fazer um poster para mim. Precisa ser A4 para que eu possa fazer cópias e espalhar pelo bairro hoje à tarde. Essa é a única foto dela que eu tenho, ela atende pelo nome Missy e é preta e branca, com 8 meses de idade. Ela desapareceu na Rua Harper e segue meu número de telefone. Obrigada, Shan.”
Olha o que o designer fez para ela. Continue reading “Feitiço contra o feiticeiro”
Será que as aparências enganam mesmo?
Será que as coisas sempre são o que parecem? Ou comumente são cometidas injustiças em nome das aparências? Esse é um assunto polêmico, mas sou da opinião que a aparência deve traduzir a essência. Quando isso não acontece, é incompetência ou má-fé de quem parece ser o que não é.
Vejamos: se estou calmamente sentada em um café e adentra no recinto um homem trôpego com as vestes em trapos cheirando a álcool, ninguém pode me acusar de preconceituosa se eu deduzir que o sujeito é um bêbado andarilho. O que eu vou fazer com essa leitura é outra história; o fato da pessoa ser mendiga e bêbada não a faz menos humana e nem me confere o direito a desrespeitá-la. Mas o que se quer enfatizar aqui é que a leitura está certa.
Vejo muita gente reclamar por ser maltratada em lojas de grife porque entrou no estabelecimento mal vestida. Certamente, a atendente leu indícios de limitações financeiras na bermuda desfiada, a regata com propaganda eleitoral de duas eleições atrás e imitações de Havaianas. É claro que a moça é uma ignorante, pois não se trata mal um cliente porque ele é pobre – dizem até que são os melhores pagadores. O que eu quero ressaltar é que, se a leitura estava errada e o sujeito é, na verdade, dono de bilhões, a culpa é dele mesmo que provocou a confusão toda. Quer ser visto e tratado com as honras de milionário? Vista-se de milionário (ou, no caso, fantasie-se).
Parece-me que o erro geralmente está na atitude (todas as pessoas, independente da aparência, são merecedoras de respeito e dignidade), dificilmente na leitura. Os novos-ricos esnobes, por exemplo, são facilmente legíveis e identificáveis em qualquer língua e situação. Nem por isso merecem ser ridicularizados (resista bravamente à tentação).
E as empresas? Bem, prestando um pouquinho de atenção, também dá para lê-las com certa facilidade. Veja alguns exemplos.
Há salões de beleza cuja decoração e a comunicação visual são um ode ao mau gosto e à desarmonia. Ninguém pode dizer que foi enganado se sair de lá com um cabelo de fazer inveja ao Palhaço Bozo. Como alguém pode vender beleza sendo desprovido de qualquer senso estético?
Há restaurantes que presenteiam clientes do sexo feminino com originais e criativas rosas vermelhas no Dia Internacional da Mulher e no Dia das Mães, mas não são capazes de oferecer um simples ganchinho para pendurar as suas preciosas bolsas no banheiro ou à mesa. É assim que eles valorizam e se preocupam em atender às necessidades das mulheres? Pura balela.
E as lojas de móveis que vendem tudo para facilitar a sua vida? Parece que você está entrando em um depósito atravancado de móveis, bugigangas e eletrodomésticos. Alguns ainda completam a balbúrdia instalada com balões e confetes espalhados pelo chão. A mensagem mais clara que se pode ler é: seja nosso cliente, compre tudo da gente e a sua casa ficará assim!
Outro tipo comum é a loja que vende “design, bom gosto e sofisticação”. Você entra e os produtos são todos cópias mal feitas de móveis consagrados, péssimo acabamento, proporções erradas e preços incompreensíveis. Pseudo-design na sua melhor forma. Mais ou menos como os restaurantes que se gabam de sua comida maravilhosa e excelente cozinha, mas têm um banheiro que dá medo de imaginar o resto. Estou lendo errado?
Uma vez cheguei ao cúmulo me deparar com uma vitrine cuja roupa exposta, além de amassada, tinha um botão faltando. Troféu “sem noção” para o talento persuasivo desse lojista!
Tenho uma coleção de maus exemplos que conta com um folheto pavoroso, com cores todas “lavadas” e uma diagramação totalmente equivocada que é, pasmem, de uma gráfica que oferece impressão com “padrão de primeiro mundo” e serviços de “designer”!
Numa viagem à serra gaúcha tive a oportunidade de me deparar com uma loja chamada “Expensive” (caro, em inglês) com um enorme cartaz de liqüidação na vitrine oferecendo vestidos a R$ 10,00! Em São José há uma escola que oferece cursos “do berçário a 8a série” (sic). Parece que o uso da crase não faz parte do currículo.
E o que se pode esperar encontrar dentro de uma boutique chamada Vácuo? Teria esse nome sido escolhido por sua adequação ao conceito do negócio ou por causa de sua sonoridade peculiar? Mistérios insondáveis do marketing que nem Philip Kotler saberia responder.
Dia desses estava pilotando numa rodovia quando fiquei atrás de um ônibus invocado e um caminhão furioso pertencentes a um conjunto musical chamado “quinta dimensão”. Fiquei pensando que todo mundo deve ter aprendido em física que a primeira dimensão é a largura, a segunda é a altura e a terceira, a profundidade; a quarta pode ser o tempo, mas e a quinta? Bem, não tenho idéia da resposta, mas posso dizer que a sensação de ultrapassar a “quinta dimensão” foi ótima!
Os exemplos são infinitos: atendentes de farmácia com cara de doentes; balconistas de cosméticos que parecem ter saído diretamente da cama sem nem ao menos pentear os cabelos; webdesigners que não têm site; agências de propaganda completamente desconhecidas; palestrantes profissionais que escrevem (e lêem!) textos intermináveis em transparências; lojas de flores com todas as áreas livres cimentadas; intelectuais cultíssimos que falam “a nível de”; profissionais de marketing com cartões de visita toscos; designers que nem cartão de visita têm; atendentes de livrarias que não gostam de ler; e por aí vai.
A imagem é como um quebra-cabeças que se constrói na mente das pessoas. As peças são distribuídas pela própria empresa ou profissional, mesmo que eles não percebam. Por isso, não adianta gastar fortunas em um anúncio de página inteira na Veja se a distribuição de peças que contradizem a genial campanha publicitária é farta e prolífica. Não adianta usar o melhor terno na palestra se o seu português dói nos ouvidos.
Toda criança sabe que peças faltando ou sobrando num quebra cabeças devem ser de outro jogo. Estão perdidas ou misturadas, não servem para montar uma imagem coerente.
Mas até o Bob Esponja sabe que o destino delas é o lixo.
Chave de ouro
Aproveitando a fase de reciclagem de posts, vai aqui mais um para fazer o povo pensar mais um pouco. É de julho de 2008, mas ainda está valendo…
Em geral, gosto de metáforas, mas confesso que tenho uma implicância especial com a tal “fechar com chave de ouro”. Primeiro porque o fechar, nesse caso, é usado como significado de conclusão ou finalização de alguma coisa, não o ato de trancar ou guardar. É por isso que não entendo o que essa chave (ainda mais de ouro) faz aqui.
Gustave Flaubert sempre detestou frases prontas, a tal ponto de colecioná-las e se dar ao trabalho de escrever um volume chamado “Dicionário de idéias feitas”. Anos depois o livro foi traduzido aqui no Brasil pelo Fernando Sabino, que incluiu um monte de outros ditos brasileiros. São palavras que se grudam umas às outras e são sempre usadas aos pares ou trios em determinados contextos. Coisas como “último suspiro”, “compleição robusta”, “crime hediondo”, “requintes de crueldade”, “discussão acalorada”, “dúvida cruel”, “espírito de porco”, “esvair-se em sangue”, “fato consumado”, “do mais alto gabarito”, “tresloucado gesto”, “sorriso glacial”, “finas iguarias”, “amigo inseparável”, “medida drástica”, “recuperação gradativa”, “reagir à altura”, “olho da rua”, “canto da sereia”, “situação insustentável”, “silêncio sepulcral”, e por aí vai…
Acontece que em alguns desses pares a liga fica meio esquisita, como a recente moda do “amigo pessoal” (sempre fico pensando se a pessoa também tem amigos impessoais) e o tal “correr atrás do prejuízo” (o cúmulo do masoquismo, já que a maioria prefere correr atrás do lucro).
Já falei do público-alvo que precisa ser atingido (coitado!) e agora estou lembrando daquela “de graça, até injeção na testa”. Como assim? Eu não quero injeção na testa não, sai pra lá! De graça, eu poderia aceitar ingressos para um show que não estou muito a fim, ir a uma festa na qual não faço muita questão, comer um pedaço de bolo de ontem, sei lá. Muitas coisas, mas elas certamente não incluem injeção na testa. Que tal: “de graça até churrasco torrado na casa do chefe” ; “de graça até iogurte com validade de ontem“ ou “de graça até palestra da Lígia”? Vamos usar mais a criatividade e parar com essa injeção na testa, minha gente. Crie o seu próprio “de graça” e faça mais sucesso.
Adoro quando a pessoa faz adaptações mais contemporâneas. Quem não riu da primeira vez que ouviu dizer que fulano estava se achando “a última bolachinha do pacote” ou “a última coca-cola do deserto”? Acredito que o caminho seja esse mesmo. Se a gente colocar os miolos para chacoalhar e brincar um pouco, pode ser divertido. Que tal: a Ana está se considerando a “a capa da Playboy desse mês”? Ou: O Jonas pensa que é “o Brad Pitty jogando frescobol em Ipanema”?
A gente poderia pensar em alternativas toda vez que se sentisse tentado a usar “rápido como um raio”, “tempestade num copo d´água” ou “virar a casaca”, né? Poderia ser “o cara saiu a 10 Gigabits por segundo”, “a dona está achando que falta de calço na mesa é terremoto“ ou o “Zeca agora está trocando a marca da cerveja”.
Pois é, legal seria terminar essa coluna com uma coisa alternativa à tal chave de ouro. Pensei em “terminar com a platéia de pé gritando bravo”, mas não é para tanto.
Alguém tem alguma idéia?
Lígia Fascioni | www.ligiafascioni.com.br
Na cama com o laptop
Essa é mais um achado do ótimo Bicho de Goiaba! Há “kama sutras” com variações diversas, mas nunca tinha visto um com laptops, olha só que interessante. Veja quais posições costuma praticar e mais algumas ideias que talvez você não tenha pensado em compartilhar com seu companheiro mais fiel…ehehehh
Design é coisa pra gente bonita
Essa coluna, de agosto de 2007, é bem polêmica. O que você pensa a respeito?
Esses dias ouvi um pedaço de conversa no corredor da faculdade, que, para mim, fez todo o sentido. Um rapaz, em uma revelação nada modesta, declarava, em alto e bom som “design é coisa para gente bonita“. Vi-me obrigada a concordar com ele.
Antes que me acusem justamente de fútil (que sou mesmo, mas isso não vem ao caso agora), acompanhem um pouquinho a linha de raciocínio.
Uma das funções mais nobres do design é tornar o mundo mais belo (e também mais fácil, inteligível, sustentável, amigável, etc). Ou seja, a preocupação estética está sempre presente, qualquer que seja o projeto. O olho do designer deve estar o tempo todo ligado em identificar desequilíbrios, corrigir distorções, promover harmonia. O designer deve estar atento às cores, aos pesos, às proporções. E por que cargas d´água justamente a sua própria aparência ficaria fora disso tudo?
Penso que a busca do belo é condição essencial para o exercício da profissão. Mas atenção: belo não quer dizer magro, com as feições perfeitamente simétricas, corpo escultural, parecendo que o profissional em questão acabou de cair de um catálogo de moda. Há pessoas gordas e lindíssimas, há narizes enormes e exóticos, há orelhas de abano muito interessantes. Justamente aí é que está o talento do bom designer: pegar a matéria prima disponível e torná-la bela usando apenas o seu conhecimento, seu senso estético e os recursos da composição. Uma das pessoas mais elegantes que conheço é o Jô Soares, com aquela gravatinha borboleta que mostra capricho e estilo. Conheci também uma varredora de ruas que ia trabalhar toda maquiada e produzida, levantando o astral do bairro todo. Quem não começaria o dia de bom humor ao cruzar com a Elke Maravilha na esquina? O belo está justamente na diferença, no contraste, não na plastificação que teima em tentar fazer todo mundo caber no mesmo molde.
Então, penso que o designer deve sim, preocupar-se com sua própria aparência. Será que está usando as proporções corretas? As cores mais adequadas? Será que está comunicando uma mensagem intencional ou apenas dependendo da sorte? Dá para perceber, só de olhar, o seu cuidado com os detalhes, o seu talento, a sua competência técnica? E, não custa lembrar, é claro que isso não se traduz só na roupa (que não tem nada a ver com marcas), mas também na postura, no tom de voz, no vocabulário.
Recomendaria essa prática, não fosse por outro motivo, ao menos por respeito aos seus clientes. Nunca me esqueço de uma entrevista da premiada atriz Katherine Hepburn, já passada dos noventa anos e longe de ter aquela beleza hollywoodiana com a qual ficou famosa, que dizia se arrumar e se maquiar todos os dias em consideração e respeito às pessoas com as quais convivia. Ela, se não quisesse, não precisava contemplar a sua figura – bastava não se olhar no espelho. Mas seus companheiros de jornada não tinham essa escolha. Grande dama, heim?
Considero uma contradição grave um designer sair por aí falando que não liga para a aparência. Em vez de parecer blasé, para mim, soa hipócrita.
É claro que há pessoas que consideram o corpo e o aspecto externo apenas uma casca sem valor. Defendem que mais importante é o que está por dentro. Só que para o designer, o dentro e o fora deveriam ser igualmente importantes. A forma, a função e o significado precisam estar em sintonia.
As pessoas, é claro, têm todo o direito de ignorar completamente como estão vestidas, se os cabelos estão desgrenhados ou se mastigam de boca aberta. Despojamento não é e nunca foi crime. Respeito e entendo o princípio. Só acredito que design não é a profissão ideal para gente assim.
Entenderam, meus lindos?
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