Hoje o dia acordou esplendoroso nessa cidade agora ainda mais linda! Finalmente pude alugar uma bicicleta e sair por aí pedalando. Aliás, andar de bicicleta aqui é tudo de ótimo; as ciclovias não desaparecem do nada, elas sempre continuam e nunca deixam a gente na mão (tem faixa para bicicletas até nas rotatórias mais movimentadas).
A maioria das faixas fica nas calçadas mesmo (que são larguíssimas, dá espaço e sobra). Mas mesmo quando são na rua, a largura é suficiente para duas bicicletas e os carros respeitam muito. Paraíso!
A primeira parada foi o Jüdisches Museum, uma construção feita para contar a história dos judeus pelo mundo. A parte mais pesada é do holocausto, mas também mostra histórias bacanas de judeus famosos como Einstein e a poetisa Nelly Sachs, mas que ganhou o Nobel de Literatura.
Tem uma sala, ao final de uma ala, que tem um pé direito altíssimo e um desenho com pontas, de maneira a provocar uma sensação pouco acolhedora. A iluminação é natural, por uma nesga de vidro no topo da parede e, além da umidade, não há calefação. É arrepiante pensar como as pessoas se sentiram quando foram arrancadas de suas casas para sofrerem até a morte. A guerra é uma coisa incompreensível mesmo.
Depois peguei a minha magrela e fomos pertinho, na Berlinische Galerie, que tinha uma belíssima exposição de fotos e algumas instalações muito interessantes de arte contemporânea.
Jonas Ferrari
Judeu com Nobel…também tem o Isaac Singer do Satã em Gorai