Não é por nada não, mas deve ser muito legal ser uma criança alemã. Além de poder brincar na rua sem nenhum perigo (há muitas praças, os carros andam bem devagar e assaltos praticamente inexistem), ainda tem um monte de museu bacana para visitar, inclusive com atividades especiais para os pequenos.
A gente não é criança, mas não resistiu e foi visitar o Deutsches Technikmuseum. O lugar é enorme e não conseguimos ver tudo; teremos que voltar outro dia, olha que sacrifício… dois engenheiros visitando um museu de tecnologia é praticamente como ir a um parque de diversões 🙂
Minha primeira surpresa foi na parte dos computadores. Sim, é claro que eu sabia que foi o matemático e filósofo alemão Leibniz quem inventou o sistema binário, lá pelos idos de 1705, e que em 1833 o inglês Charles Babbage foi o primeiro a construir um computador (ele abandonou o projeto depois de 30 anos, pois não havia tecnologia na época que compensasse as imprecisões da máquina). Sem falar da minha musa Ada Lovelace, que não foi apenas a primeira mulher a programar um computador; ela foi a primeira PESSOA a fazer isso.
Mas o que eu não sabia é que o Z3, o primeiro computador completamente operacional e projetado para fins comerciais, foi construído pelo berlinense Konrad Zuse, em 1941. Ele e o seu antecessor Z1, de 1936, estão lá no museu para a gente ver!
Além dos computadores, a outra parte que me fascinou foi a dos aviões (nossa, meu pai iria desfalecer se viesse conosco fazer a visita!). Tem um monte de aeronaves de verdade lá dentro e até uma cabine inteira original com os assentos dos pilotos e o do mecânico de bordo, atrás deles. Essa peça me chamou atenção porque meu pai foi mecânico de bordo por muitos anos justamente nesse modelo de avião (o Super Constellation), olha que bacana.
O museu é enorme e mostra todos os meios de transporte (aviões, sondas espaciais, navios e barcos, trens, automóveis e ônibus, etc), avanços da química, fotografia, filme, notícias, cervejarias, produção industrial, papel, automação, computação, geração de energia, técnicas de impressão e tecelagem.
Além disso, ainda tem outros prédios que fazem parte do grupo como o museu do futuro, museu do açúcar, um observatório astronômico, um museu de lunetas e ainda um centro de ciências só com experimentos interativos (para estudantes). A gente nem conseguiu visitar todo o prédio principal, imagina só a maratona.
Tem diversão garantida para uns bons “par de anos”… 🙂
Seguem algumas fotos que, já vou adiantando, não dão muita ideia do tamanho e variedade do lugar.
clotilde Fascioni
Que legal.
Jeroncio
Bom site colega.