Dresden, mas só de passagem

Descobrir lugares novos, para mim, é um momento de profunda introspecção. Gosto de me perder pelos becos, observar os passantes, prestar atenção na luz e no astral do lugar. Por isso, ao contrário da maioria das pessoas, gosto de explorar cidades desconhecidas sozinha ou com no máximo mais uma pessoa (de preferência, o Conrado). Vai daí que não sou muito boa em viagens de grupo, fico angustiada com o tempo que se perde tentando juntar o “rebanho” e negociando os interesses diversos.

Pois é, mas ontem teve uma viagem da escola para Dresden; como estou sozinha aqui e viajar é coisa que adoro, me joguei. Eram 22 pessoas e o negócio poderia ter sido mais bem planejado. Chegamos na cidade meio dia passado, almoçamos (com direito a atraso de brasileiros no encontro de retorno; por que não me surpreendo?) e uma visita que não entendi até agora em uma exposição de arte contemporânea interessantíssima, mas nada ver com a hora e nem com o lugar. O resultado é que a gente só conseguiu chegar no centro histórico depois das 4 da tarde (às 5h30 tivemos que sair correndo para não perder o transporte de volta).

Dresden não é pequena e tem muita história para contar; ela foi um dos centros culturais mais importantes da Europa por muito tempo. Foi totalmente destruída na guerra num bombardeio mal explicado até hoje (veja a foto abaixo, que impressionante) e reconstruída em cada pedra, num trabalho primoroso. O lugar é belíssimo na essência da palavra. Pena que só vi de passagem.

Mas o negócio teve dois lados bons:

1) Meu alemão melhorou bastante, pois todas as explicações foram nessa língua (perdi um monte de detalhes, mas quem nunca?) e conversei o dia todo com a Ana Bolaños, uma espanhola das Ilhas Canárias (preciso ir lá, fiquei curiosíssima com a descrição) que tinha uma gramática mais que perfeita e ficou pacientemente me corrigindo o dia inteiro; uma querida mesmo.

2) Preciso, necessito, sou obrigada a voltar a Dresden e só com o Conrado (ele já topou  \o/ ).

Então, fico devendo um relato mais detalhado desse lugar maravilhoso, mas pelas fotos que tirei na pressa, já dá para ter uma ideia…

Olha só como a cidade ficou depois da guerra; dá vontade de chorar só de ver a foto...
O dia estava feio, mesmo assim a primavera deu as caras
Essas árvores lindas estavam por toda a cidade
Pena que nem pude entrar aí...
Parece velho, mas é novo. Inacreditável...
Lugar bom para sentar e ficar observando
Esses alemães são caprichosos no último
Muvuca de gente no feriado; mesmo assim, tem magia no ar
Capricharam mesmo na reconstrução do cenário

Quer ver mais fotos em tamanho maior? Clique aqui e vá lá no Flickr!

8 Responses

  1. 7 abril 2012 at 12:02 pm

    Aí que coisa linda 🙂 e que casal mais amável 🙂 [2]

    Beijo e Abraço!

    • ligiafascioni
      Responder
      8 abril 2012 at 9:01 am

      🙂

  2. Fatima
    Responder
    7 abril 2012 at 11:41 pm

    Para uma noite de sábado de aleluia, depois de comer na intimidade da casa com o marido e a filha e depois de ler mensagens bonitas de amigos falando do cosmo e da sabedoria oriental, foi muito bom ir a Desdren. Você conseguiu passar para o leitor esta vontade e a sensação de estar só para captar o clima do lugar e observar tantas pulsações.
    Boa Páscoa, Lígia! Fatima/Laguna/SC

    • ligiafascioni
      Responder
      8 abril 2012 at 9:00 am

      Que bom que você “viajou” junto, Fátima! Beijocas e boa Páscoa!!

  3. Pollyana Martins
    Responder
    10 abril 2012 at 6:44 pm

    Adoro viajar com você!

    • ligiafascioni
      Responder
      11 abril 2012 at 5:34 pm

      Que bom, Pollyana!

  4. Paula
    Responder
    20 junho 2012 at 6:29 pm

    Vc estuda no DID?

    • ligiafascioni
      Responder
      22 junho 2012 at 4:02 pm

      Oi, Paula!
      Não, estudo na GLS (German Language School), em Prenzlauerberg!
      Abraços 🙂

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