Papel ou iPad?
Nunca escondi de ninguém que sou viciada em papel; adoro. Mesmo assim, decidi dar uma chance para as plataformas virtuais, admitindo que sim, elas têm inúmeras vantagens.
O ponto principal que sempre me incomodou em livros eletrônicos é a questão da incompatibilidade, pois, mídias virtuais, a gente sabe, têm prazo de validade e dependem de energia elétrica. O livro maravilhoso que você lê hoje num gadget, amanhã já não é mais compatível, precisa de mais memória, outro processador, etc. Já o livro de papel vai continuar compatível enquanto a matéria permitir, não tem erro… e já vi livros de plástico que podem durar eternamente.
Mesmo assim, vamos experimentar. Por que não, né? Pois estou lendo dois livros ao mesmo tempo no iPad. Confesso que não gostei. Costumo ler com caneta na mão, sublinhando os trechos mais interessantes e fazendo anotações (não, na minha opinião, isso não estraga o livro — sou frequentadora assídua de sebos e prefiro os que já foram bem estudados). E por falar nisso, que fim levariam os deliciosos sebos no mundo inteiro e a substituição fosse completa?
Assim, o que achei pior foi não poder fazer anotações (o bônus de poder procurar palavras com um “find” não compensa essa perda). Também achava que, já que é para perder o contato com o papel, devia ter mais vantagens, como, por exemplo, um dicionário acoplado. Também não tem.
Ah, e para ler à noite, o brilho cansa os olhos (idade, será?).
Ainda não pude ler nada num Kindle (mas já vi um de perto é é impressionantemente parecido com o papel, bem menos brilhoso que o iPad), mas me parece uma perda grave o fato dele não ser colorido. Também não sei se ele cumpre as necessidades que destaquei.
Por ora, acho o iPad uma excelente ferramenta para ler revistas, navegar na internet, jogar (uhuu!!) e muitas outras coisas bem úteis. Mas não para ler livros. Pelo menos não ainda.
E você, já teve essa experiência? O que achou?
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