Selva de pedra

Sempre defendi que a empresa não deve mentir quando se trata de traduzir sua identidade nas suas várias manifestações: gráficas, de ambiente, de comunicação, etc.

Mas gente, olha essa instalação na frente de um banco de investimentos em Berlin! Forte, não acha?

Não consegui identificar qual personagem representava o cliente e qual representava o banco. De qualquer maneira, parece até um manifesto anti-capitalismo, meio esquisito para ficar na fachada de um banco em posição de destaque.

Achei tenso, e você?

Feira do quê?

Nem sempre artesanato tem a ver com beleza (tem coisas lindas e outras de doer os olhos, como tudo na vida), mas alguém consegue imaginar um nome mais infeliz para uma feira do que… FEIARTE?

Só consigo pensar que o evento expõe e promove feiúras de todos os tipos. Tanto trabalho para organizar uma coisa complicada como uma feira e pecam logo no nome, minha gente?

Qual é seu nome?

Muita gente não se dá conta, mas todos nós, como profissionais, também somos marcas. Independente da área, oferecemos serviços ao mercado de acordo com a nossa expertise. E como qualquer marca, precisamos nos diferenciar das outras pelo nome.

No caso de profissionais, não é necessária uma representação gráfica, até porque as oportunidades de usá-la em entrevistas e trabalhos para empresas são muito raras. Então, mesmo que exista, esse recurso acaba sendo sub-utilizado; a força da identificação, o que vai ser considerado, acaba sendo mesmo o nome do sujeito que deixou lembranças (boas ou más).