Perséfone, diamante e carrossel

Bom, como não trouxe dicionário de português e não sou louca de me arriscar a fazer contículos em alemão, pedi ajuda aos universitários do Facebook e o povo mandou várias sugestões. Por ordem de postagem, vamos às palavras selecionadas pelo Gabriel Tesser (se bem que eu acho que ele andou burlando as regras do jogo, pois não tem Perséfone no dicionário…rs).

Acho que o Horácio não vai se incomodar em fazer papel de menina na história

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Paulão estava tentando trabalhar, mas Perséfone não deixava. A gata, que mais parecia uma almofada de talco daquelas antigas de caixinha, estava decidida a fazer sua sessão matinal de alongamento bem em cima do teclado do computador do moço.

Na verdade, Perséfone chamava-se Koré quando nasceu. Mas aos 6 meses já tinha feito tantos estragos na casa com suas unhas de madame precoce que chegou a abrir um buraco no sofá e caiu lá dentro. Paulão, um estudioso de mitologia grega e horóscopo, achou então que a alcunha da deusa da destruição ornava mais com o momento atual da bichana. Deusa a Perséfone já era mesmo, e tanto fazia o nome que tinha, pois a felina nunca atendia quando era chamada. A palavra mágica para fazê-la aparecer era “romã”.

Pois dado que a vontade de Perséfone era mais dura que diamante, Paulão desistiu de escrever seu resumo e foi ver a novelinha Carrossel, que estava passando naquele horário. Paulão nem desconfiava, mas Perséfone chamava o rapaz de Hades. E isso não era propriamente um elogio…

Simples no último

Compramos esses cremes dentais no supermercado porque o conceito é bem bacana: uma trata da gengiva (para usar de manhã) e outra cuida do esmalte do dente (para usar de noite). Eles já vendem a dupla numa embalagem combinada justamente para facilitar o negócio. Bom, nas outras escovadas, como aquela depois do almoço, a gente improvisa e usa uma a cada vez (acho que eles não pensaram nisso ou então só escovam os dentes duas vezes por dia).

Troféu Sem Noção Internacional

Alguém aí pode explicar qual seria a intenção desse cartaz?

Acho que a língua, nesse caso, é o de menos, pois a imagem diz tudo. Pela indumentária de integrante do fã-clube do Dr. Hollywood, acho que o cabeleireiro deve ter suas próprias ideias sobre campanhas publicitárias; duvido que isso seja obra de alguma agência (ou perderei de vez minha fé na humanidade).

Mas uma pergunta que me persegue é, quantas pessoas entraram nesse salão para cortar o cabelo depois que o cartaz foi para a rua?

Edward Mãos de Tesoura parece um docinho perto disso…

Primeiro episódio: Wilmersdorf

Segue o primeiro episódio dos programinhas semanais sobre Berlin (pelo menos vou tentar manter a frequência, porque é divertido, mas dá uma trabalheira).

A tosquice faz parte, já que o orçamento da produção é zero, disponho apenas de câmeras fotográficas e não sou propriamente íntima do iMovie (software que estou usando para edição). Mas acho que dá para ter uma ideia e já tem material para vocês rirem um pouco.

Noitada, repudiar e manada

Dagoberto não conseguia abrir os olhos, de tão inchados. Na cabeça, parecia que a bateria da Mangueira estava se apresentando para os jurados; era como se as suas têmporas tivessem virado uma passarela do samba. O sabor clássico de cabo de guarda-chuva invadia todo o seu sistema digestivo. As pernas pareciam um pouco indolentes e a barriga apresentava uma trilha sonora com o melhor do hip-hop.

A noitada parecia ter sido boa mesmo. Se ao menos ele se lembrasse de alguma coisa poderia saber a causa do estranho comportamento do seu cachorro Mário César. MC, que sempre fora um doce, agora teimava em repudiar seus carinhos.

Não dê chance

Mesmo no meio da correria não consigo ficar imune à criatividade dos spams. Essa pérola atropela os concorrentes com jogadores de futebol mutantes (deve ser para não pagar os direitos de imagem); marketing responsável na internet é isso mesmo, né, minha gente? Não dê mesmo chance para eles…