Cabo, sócio e rímel

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Em não tendo dicionário de português aqui, peguei um de alemão mesmo e resolvi traduzir as 3 palavras que encontrei aleatoriamente (vejam que essa brincadeirinha está ficando internacional… esperem para ver quando eu começar a escrever nessa língua de bárbaros…rsrsrs).

O que achei foi Kab (cabo),Teilhaber (sócio) e Wimperntusche (rímel). Valha-me o Santo Antônio das Pessoas Sem Noção e vamos lá para meu, o seu, o nosso contículo da semana!
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Wimperleydson estava enlouquecido naquele dia; o Kabizinho foi escolher logo um sábado para faltar no salão? Agora ele tinha que dar conta, sozinho, de uma formanda querendo luzes californianas em pleno inverno, a noiva do dia brigando com o futuro sogro pelo twitter, uma sujeita que veio fazer uma escova inteligente (sendo que o QI da escova era mais alto que o dela), uma recém-divorciada que queria repicar todo o cabelo e duas histéricas usando de violência extrema na disputa pela Neiva, a melhor manicure do Mercosul. Isso que as senhoras que esperavam pela depiladora ainda não tinha se manifestado.

Foi quando o Cabo Josinélson adentrou o recinto. Ele, seus braços másculos e fortes e seu sorriso matador, tudo de uma vez só.

– Cadê teu sócio, rapaz?

O cérebro de Wimper congelou para melhor curtir a cena e ainda não tinha se recuperado da forte emoção, quando ouviu a voz que servia de trilha sonora para todos os seus sonhos ultimamente. Por isso demorou um pouco para recobrar o domínio de suas faculdades mentais e responder, meio hesitante:

– Ele teve que faltar hoje. O Kab ligou dizendo que estava com dor de barriga, comeu alguma coisa que fez mal.

– Então faz favor de devolver esse casaco amanhã, sem falta. Ficou no meu carro desde ontem à noite, na volta da festa da Solange. Tem um bilhete no bolso para ele, tá?

– Tá…

Foi aí que o pobre Wimper tomou uma grande decisão: não piscar mais pelo resto do dia. O rímel iria borrar.

Fotografia: Thomas Hawk

Sexênio, imodificável e demissão

Mais um contículo criado a partir de 3 palavras achadas aleatoriamente no dicionário (exercício de criatividade; tente fazer em casa!).

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O deputado Túlio Ricardo não aguentava mais aquela situação. Sexênio, seu secretário particular há anos, estava escondendo alguma coisa desde anteontem, quando voltou das férias no Qatar. Aquele arzinho de quem sabe mais que os outros não o enganava não; ele já tinha pêgo o rapaz rindo sozinho várias vezes sem nenhum motivo aparente. TR tinha que descobrir o que era.

Tanto trabalho

Os designers bolam embalagens bacanas, o pessoal do marketing quase morre para arrumar um jeito de destacar o produto no mercado; tem investimento em propaganda, tem planejamento estratégico, tem consultoria em naming, tem pesquisa de mercado, tem todo um trabalho de posicionamento da marca. E tudo isso para quê? Para chegar um tiozinho e assassinar o negócio quando a coisa chega no mercadinho.

O pessoal do branding não pode bobear mesmo, a qualquer momento tudo pode ir por água abaixo…

Necedade, noitada e bacteriano

Bom, primeiro já vou avisando que não tem erro de digitação não: é necedade mesmo. Eu também não sabia que essa palavra existia, mas necedade significa ignorância, estupidez ou tolice (vejam como esse blog também é cultura!).

Dito isso, vamos a mais um contículo criado a partir de 3 palavras achadas aleatoriamente num dicionário (esse é bem rápido porque a agenda está cheia).

CNPJ agora é ferramenta de marketing!

Bom, não sei vocês, mas cada vez estou gastando mais tempo tentando dar um jeito nesses spams que invadem minha caixa postal. Como é que uma empresa pode achar que alguém pode gostar de se entulhar de lixo?

Algumas se fazem de sérias e colocam um link para você se descadastrar (ué, mas eu nunca pedi para ser cadastrado! Por que sobra para mim o castigo de fazer o servicinho chato?). Legal repetir a operação centenas de vezes quando você não tem mesmo nada melhor para fazer, né?

Comida orgânica

Fui almoçar hoje com minhas amigas Chi (vietnamita) e Mayu (japonesa), pois, apesar de magrinhas, estão sempre atrás de comida boa. As dicas da Chi são infalíveis e lá fomos nós comer num pequeno restaurante orgânico vietnamita (na verdade, uma lanchonete com pratos leves e sanduíches caprichados).

O sanduíche que comi estava uma delícia (sem maionese, claro…ehehe), mas só notei o nome do lugar na saída. Quando revelei a tradução do nome em português, elas nem acreditaram…eheheh