Ulm é linda!
Nossa, eu não esperava que Ulm fosse tão bonita, sério mesmo. A cidade é medieval (há construções datadas de 1043) e a arquitetura é bem característica da região da Bavária (um dos estados mais ricos da Alemanha).
Ulm é cortada pelo Danúbio (sorry, mas ele definitivamente não é azul como diz a valsa; está mais para verde). Aliás, esse rio é muito valioso para a região, e não é para menos: o Danúbio (Donau, em alemão), passa também por Viena, Bratislava, Budapeste e Belgrado, só para citar algumas cidades famosas. Ao todo, esse curso d’água de quase 3.000 km passa por 10 países (Alemanha, Áustria, Hungria, Eslováquia, Croácia, Sérvia, Romênia, Bulgária, Moldávia e Ucrânia) e tem muita história para contar.
Há um outro rio, menor, que também cruza a cidade e desemboca no Danúbio. A região onde ele passa parece até Veneza (se bem que eu ainda não estive lá), onde os canais convivem harmonicamente com as casas. O estilo enxaimel, muito usado no sul do Brasil, tem origem nessa região. As partes marrons (que no Brasil são pintadas), aqui são de madeira maciça. É que naquela época eles não tinham como fazer vigas de concreto para sustentar as construções; a questão é que a madeira vai trabalhando durante os anos (aqui, provavelmente, séculos) e algumas casas chegam a ficar tortas. Impressionante.
A única coisa que me decepcionou um pouco é que fui atrás da tal Escola de Ulm, uma das mais importantes da história do design, e descobri que não sobrou nada dela, foi completamente destruída. O Museu de Ulm (que é bem genérico) só tem uma salinha pequena dedicada ao assunto e a cidade não tem mais nenhum registro a respeito. Aqui tem museu do pão (os pães alemães são incrivelmente deliciosos), museu arqueológico, museu de paisagens do Danúbio, enfim, museus de todos os tipos, mas nenhum dedicado ao design. Vou tentar levantar o que aconteceu, achei isso meio estranho.
Vou ficar aqui amanhã o dia inteiro e dar mais uma pernada por essa cidade linda.
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