Acho que é sério mesmo…
Nossa, para eu continuar amando loucamente uma cidade, mesmo com chuva, vento e frio, é porque é amor verdadeiro mesmo, né? Mas vê mesmo se Berlin não está cada dia mais linda. Eu acho…




Nossa, para eu continuar amando loucamente uma cidade, mesmo com chuva, vento e frio, é porque é amor verdadeiro mesmo, né? Mas vê mesmo se Berlin não está cada dia mais linda. Eu acho…
Nossa, a cidade está completamente coalhada de mercadinhos de natal. São feiras bem organizadas e cheias de coisas bonitas e gostosas. O visual é bem kitsch, mas combina perfeitamente com natal (natal é uma coisa kitsch por definição, né?).
O que eu mais gostei foi de descobrir que eles têm mais de 10 tipos de quentão (que aqui se chama Glühwein, que, não por acaso, quer dizer vinho quente). É sempre um vinho, claro (tem branco também) com mais alguma coisa, que pode ser uma fruta, rum ou licor. O clássico é como o nosso, com gengibre e cravo, bem parecido mesmo (delícia!), mas ontem experimentei um com vinho branco e licor de ovos que estava divino. Já andei olhando um com amaretto que também parece tentador; minha meta é experimentar todos antes do natal sem cair na rua e nem virar alcoólatra…eheheh… sério, o negócio esquenta que é uma beleza para esses dias mais geladinhos. De resto, muita salsicha (wurst) e comidinhas com cogumelos e batatas (adoro).
Cheguei em Berlin dia 25, às 4 e meia da tarde, e já era noite. Fiquei encantada com o clima e as luzes (que foram acesas bem no dia em que cheguei, exatamente um mês antes do natal). Nossa, como é que pode uma cidade mudar tanto de uma estação do ano para outra?
No verão a cidade é toda verdinha e o dia vai até às 10 da noite. Agora, estamos no outono e as folhas estão caindo o tempo todo; ficam lindas antes da queda, completamente alaranjadas (algumas são de um vermelho bem vivo) e às 3 e meia já começa a escurecer. Com bosques inteiros de folhas caindo na rua, o serviço de limpeza quase não dá conta de recolhê-las todas; dá gosto de ver o tapete.
Já foi dada a largada para a maratona da volta, e vim para casa só para trocar as malas. Amanhã vou a Joinville , depois São Paulo e finalmente, na quinta, volto a Berlin. Por isso, pode ser que esse canto fique um pouquinho abandonado por esses dias.
Mas gente, vê se não é para a pessoa ficar com o coração na mão de deixar esses verdadeiros artistas cuidando da casa. O que vale é que os avós, que estão morrendo de saudades, vão mimar bastante esses fofinhos até março, quando volto para mais um mês de bastante trabalho.
Por ora, fiquem na luxuosa companhia desses charmosos rapazes…
Está chegando a hora de partir (semana que vem) e o coração já está apertado de saudade dos bichanos. Vê se não são pura fofura o Haroldo (o ruivão) e o Otávio (o Zoiudo). O Heitor e o Horácio não estavam dando audiência hoje…
Recomendo “O amante detalhista”, de Alberto Manguel.
O livro conta a história de Anatole Vasanpeine, um solitário funcionário dos banhos públicos da cidade francesa de Poitier. Anatole é descrito desde o começo como uma figura sem graça ou ambição. Mas uma coisa ele tem de especial: em vez de olhar o todo, como a maioria das pessoas, tem um fascínio compulsivo pelas partes. Partes de tudo: paisagens, lugares, edificações.
Coisa mais gostosa que tem é morar numa casa com gatos fofos. É o que mais estou sentindo falta lá em Berlin; cheguei, atravessei as cinzas do vulcão e já me acabei de afofar esses queridos lindos. Eles estão bem mimados pela avó e parece que nem perceberam que fui e voltei (que bom). O Otávio está cada dia mais gostosinho e folgado. Agora ele expulsa a pessoa do sofá para poder deitar no quentinho (abusado grau 10).
Todo ano, no mês de outubro, entre os dias 12 e 23, tem o Festival das Luzes em Berlin. Como volto ao Brasil amanhã (vou ficar um mês trabalhando), peguei só o comecinho, mas vai rolar um monte de coisas até o dia 23, quando acaba.
Durante esse período, vários pontos da cidade (mais de 80), recebem uma iluminação especial e Berlin, já naturalmente bela à noite, fica ainda mais bonita. Tem umas instalações interessantes, como uns bancos de praça fluorescentes que são bem legais. O tema desse ano é “Faces de Berlin” e eles montaram, na Potsdamer Platz, uma máscara gigante de gesso branco, onde foram projetadas várias faces na abertura e ficou show mesmo.
Esse fim de semana teve um passeio da escola para conhecer a cidade de Wittenberg. Na verdade, a cidade se chama Lutherstadt Wittenberg, ou “Wittenberg, cidade de Lutero”.
Apesar de eu não ser nem um pouco ligada em assuntos religiosos, a impotância histórica desse lugar não é pequena não.
Wittenberg tinha um mosteiro onde Lutero estudava e o sujeito ficou muito p* da vida quando viu que a igreja católica aproveitou a invenção da prensa de Gutenberg para vender indulgências (ja falei sobre isso aqui). O negócio fez tanto sucesso que vendia como pão quentinho. Em vez de pecar e depois ter que confessar, fazer penitências e toda essa coisa chata para garantir um lugar no céu, bastava comprar esse papelzinho, que era uma espécie de salvo-conduto. Ou seja, quem era rico podia se esbaldar nas delícias pecaminosas do nosso mundinho recém chegado à era renascentista.
Gente, não é por nada não, mas se eu fosse vocês não deixaria de ver esse vídeo. Vocês vão ver o quanto pode render para uma cidade ter um prédio que ia ser demolido ser ocupado por artistas. Fato. Se você não conseguir ver o vídeo aqui no blog, pode ir direto no Youtube clicando […]
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