Propaganda pedalante

Uma coisa muito pouco explorada no Brasil é a propaganda que usa a bicicleta como veículo (literalmente). Talvez porque andar de bicicleta no nosso país ainda seja uma temeridade; com o desrespeito geral que impera no trânsito e os pouquíssimos quilômetros de ciclovias, pedalar não é para os fracos.

Mas as empresas bem que podiam ajudar os cidadãos a ficar mais saudáveis, as cidades menos poluídas e ainda ganhar moral com isso. E não é apenas para grandes corporações não; dá para patrocinar alguém que usa bastante a bicicleta no dia-a-dia ou até frotas inteiras para aluguel. Dá até para usar sua própria bike para fazer propaganda de sua start-up, já pensou?

Bom, aqui também tem uns comerciantes espertinhos que estacionam estrategicamente a magrela devidamente paramentada num lugar bem movimentado e a deixam lá, para exposição. De qualquer maneira, a cidade só ganha com essa invasão do bem.

Olha aqui alguns exemplos para o pessoal se inspirar!

Feita à mão... propaganda de uma escola de dança especializada em tango
Auto-referência: propaganda de aluguel e venda de bicicletas
O café fica num pátio interno, meio escondido. Então é só deixar a magrela na porta, que o povo entra!
Veículo da empresa de massagens em domicílio
Mesmo velhinha, a bike serve de suporte hype para placas de sinalização
Uma escultura montada na bike, olha só que original!
Como não notar tanta discrição?
Estúdio fotográfico que curte enigmas visuais...
A loja fica numa ruazinha paralela, então tem que aparecer na avenida de algum jeito (só achei que, pela marca que divulga, a bike devia ser toda estampadinha e colorida. Ruído na identidade.).
A GE, que faz carros elétricos, não podia ficar de fora!
Essa aí não tem placa, mas compõe a fachada de uma floricultura.
Hoteis, aprendam: aluguem bicicletas e façam propaganda ao mesmo tempo!
Minha favorita!

Café e literatura

Essa casa linda que aparece na foto é a Literaturhaus de Berlin, onde escritores de vários gêneros se reúnem para falar, é claro, sobre literatura. Ainda não sei bem como funciona, mas penso que é tipo uma Academia de Letras. Quase todo dia tem programação e há um auditório onde escritores falam de suas obras por um ingresso quase simbólico. A construção é de 1889 e foi residência de um capitão de corveta que depois virou deputado (foi um dos primeiros alemães a chegar no polo norte, Herr Richard Hildebrandt.