Multiuso de verdade

Faz uns dias fiquei babando por uma estante feita com caixas projetada por designers gringos (ver Muito prático). Mas agora a designer gaúcha Mariana Piccoli escreveu para mostrar um projeto muito mais bacana.

A ideia é semelhante: caixas que podem se transformar em qualquer coisa que se queira: mesa de cabeceira, escrivaninha para crianças, cesto de brinquedos e até estantes. Mas a grande sacada é que os projetos da Mariana são construídos a partir de resíduos industriais; o fundo e a lateral das caixas são feitos com bobinas de papelão, motivo pelo qual, aliás, esse móvel funcional se chama Mobina.

A moça talentosa descreve tudo no seu Trabalho de Conclusão de Curso, mas já dá para ver alguns detalhes no portfólio dela. Vai fazer uma visita!

Música que voa

Alguém aí ainda tem LPs de vinil? Olha só que ideia genial achei na Thumblr da Oficina de Estilo. Só não sei como eles cortaram os bolachões (deve ter alguma faca especial tipo chancela de gráfica), mas adorei demais da conta. De tudo o que vi de reciclagem de vinil, essa foi, de longe, a ideia mais linda e poética. E você, o que achou?

Balancê

Sabe aquelas cadeiras de balanço da vovó (porque será que uma coisa ficou tão associada à outra? Será que só as vovós é que gostavam de balançar?)? Pois agora há uma versão muito mais divertida para quem tem bichinhos em casa; você balança e seu peludo também.

Acho que daria para fazer daquele papelão acartonado; assim os gatinhos poderiam usar como arranhador…

O projeto é do designer Paul Kweton.

O plástico e a preguiça

Vou confessar uma coisa; tenho horror, pavor, alergia, paúra, náuseas e mais um monte de coisas ruins quando vejo aquelas cadeiras brancas de plástico (aquelas amarelas com propaganda de cerveja, então, são o fim da linha). Para mim, é uma das piores pragas da humanidade, uma elegia ao mau gosto, ao desleixo e à falta de estilo.
O argumento exaustivamente usado por fãs do “despojamento” é que essas cadeiras e mesas são muito baratas e acessíveis. Gente, as lojas de móveis usados estão lotadas de coisas muito mais baratas, bacanas, sustentáveis e charmosas. Dá para comprar uma cadeira de cada tipo e pintar de cores diferentes. Fica muito mais bonito e não custa nenhum centavo a mais (talvez até muitos a menos).

Para rapazes de bom gosto

Olha, vou confessar que não é muito incomum eu entrar no banheiro masculino por engano. Por sorte, nunca tive que presenciar cenas desagradáveis, mas, por isso, sei muito bem como é a “casinha” deles. É fato também que tem muito moço por aí que não costuma lavar as mãos depois do serviço, mas quase todos apertam a descarga antes de deixar o recinto.

Pois o designer Kaspars Jursons teve uma daquelas ideias óbvias geniais: para jogar água no vaso, é preciso lavar as mãos. A água é reaproveitada com inteligência e todo mundo sai limpinho e feliz da vida com a oportunidade de usar uma pia-urinol linda dessas. Devia ser lei instalar essas coisas em todos os banheiros masculinos. Devia mesmo.

Ovocubismo

Olha só que ideia mais sensacional o artista holandês Enno de Kroon, teve: aplicar o cubismo em 3D. Inspirado nas obras de Braque e Picasso, o sujeito olhou em volta e imaginou como seria uma tela que pudesse dar a noção real de profundidade que o cubismo almejava… vai ver, ele estava voltando do supermercado e teve uma epifania quando viu a embalagem dos ovos. Amei o resultado, como não?

Limonada Moda Customizada

Esse é o nome da loja virtual da designer de moda Janaína Ramos, cheia de bossa e ideias bacanas. O projeto surgiu em 2008, a partir do Trabalho de Conclusão de Curso que tratava de ecodesign, cooperativismo e economia solidária.

A super empreendedora Janaína também oferece consultoria em customização, olha que legal: ela dá uma geral no seu guarda-roupa, analisa seu estilo e hábitos cotidianos e faz propostas de customizar as roupas que você já tem para que fiquem com a sua cara.

Água seca

Muito se fala que vai faltar água e os artistas da nata do mundo da arte vivem fazendo instalações enigmáticas para chamar atenção sobre o problema. Mas para mim, quem conseguiu comunicar a mensagem com louvor foi uma artesã nordestina (fui atrás das fontes, mas não consegui descobrir) que, em vez de fazer aqueles desenhos típicos de areia colorida dentro de garrafinhas, resolveu reproduzir garrafas de água mineral famosas. A mensagem é clara; o que hoje é água, amanhã pode ser areia… ela sabe do que está falando, pois deve sofrer bastante com a seca.