Oficina de encadernação

Sábado delícia! Participei de uma oficina de encadernação promovida pela GM2 Papeis Especiais e me diverti horrores. Primeiro o ambiente, que é o paraíso para quem ama papel. Depois, os participantes (apenas 5), divertidíssimos. A professora (Joana Amarante), um poço de paciência, nos ensinou a fazer 2 modelos de caderninhos de anotação: um com capa de papel vegetal grosso e um com capa de papelão, mais durinha; depois, um álbum de fotos no formato concertina (aquela sanfoninha).

A gente corta tudo com estilete, fura e costura com linha e agulha comuns. Os papeis maravilhosos é que fazem a diferença. Uma terapia e tanto, além de render presentes bem personalizados e charmosos. Ficou com inveja? Manda um e-mail para [email protected] e pede para se cadastrar. Eles avisam toda vez que tem oficina de origami (há várias temáticas), encadernação e tudo relacionado com papel.

O curso, que durou 2 horas, custou R$ 40 com todo o material incluso (e ainda ganhamos um kit maravilhoso com amostras de vários papeis metalizados sensacionais).

Cortei, furei, costurei e colei essas belezinhas em menos de 2 horas!

Balancê

Sabe aquelas cadeiras de balanço da vovó (porque será que uma coisa ficou tão associada à outra? Será que só as vovós é que gostavam de balançar?)? Pois agora há uma versão muito mais divertida para quem tem bichinhos em casa; você balança e seu peludo também.

Acho que daria para fazer daquele papelão acartonado; assim os gatinhos poderiam usar como arranhador…

O projeto é do designer Paul Kweton.

Inovação: tem palavra mais obsoleta?

Há algum tempo tive a oportunidade de ler um artigo interessantíssimo do Umair Haque, diretor do Havas Media Lab, chamado “The Awesomeness Manifesto”. É difícil traduzir awesomeness, que seria mais ou menos a capacidade de impressionar, causar espanto. Pensei em substituir por incrível, sensacional, deslumbrante e até mesmo impressionante, mas esses são adjetivos e o Haque acrescentou o “ness” no final justamente porque queria um substantivo. Aí fica difícil traduzir, né?

Mas não faz mal, usamos o original e vamos ao que interessa: Haque diz que a palavra inovação soa como uma relíquia da era industrial e que, por isso, a própria palavra precisa ser inovada.

Leve e chique

Há muitas e variadas versões de cadeiras dobráveis, portáteis e fáceis de carregar, mas, para mim, essa aqui arrasou no quesito elegância. Olha só que show! Cada vez mais tenho certeza: beleza, estilo e ótimo design não tem nada a ver com dinheiro ou materiais caros; essa aqui é de polipropileno com molde injetado e é à prova d’água. Dá para dobrar e desdobrar quantas vezes quiser!

Velhinho visionário

Mr. Kotler já está com 80 anos e continua cheio de ideias revolucionárias. O sujeito praticamente inventou todos os conceitos que a gente conhece sobre marketing e estruturou a maior parte da informação disponível sobre o assunto; só essa contribuição inestimável já daria para deitar na rede e gastar o resto do tempo tomando picolé de caju na beira da praia.

Mas esse senhor não está aqui para brincadeira: no ano passado, ele lançou junto com os consultores indonésios Hermawan Kartajaya e Iwan Setiawan o esclarecedor Marketing 3.0: as forças que estão definindo o novo marketing centrado no ser humano.

Essa equipe, que de fraca não tem nada, começa justificando o tal 3.0 lembrando-nos de que o marketing teve dois grandes momentos antes do atual; na fase 1.0, o objetivo era vender os produtos fabricados a todos que quisessem comprá-los. A ideia era apresentar o que estava sendo produzido da maneira mais atraente possível, sempre enfatizando (e, na maior parte das vezes, exagerando) as inúmeras qualidades do produto. Naquela época dá para dizer que o marketing andava numas de endeusar tanto a publicidade e propaganda que os dois até se confundiram por bastante tempo (equívoco difícil de se desfazer até hoje). Em resumo, o marketing era centrado no produto; a satisfação do cliente era puramente funcional, física.

O plástico e a preguiça

Vou confessar uma coisa; tenho horror, pavor, alergia, paúra, náuseas e mais um monte de coisas ruins quando vejo aquelas cadeiras brancas de plástico (aquelas amarelas com propaganda de cerveja, então, são o fim da linha). Para mim, é uma das piores pragas da humanidade, uma elegia ao mau gosto, ao desleixo e à falta de estilo.
O argumento exaustivamente usado por fãs do “despojamento” é que essas cadeiras e mesas são muito baratas e acessíveis. Gente, as lojas de móveis usados estão lotadas de coisas muito mais baratas, bacanas, sustentáveis e charmosas. Dá para comprar uma cadeira de cada tipo e pintar de cores diferentes. Fica muito mais bonito e não custa nenhum centavo a mais (talvez até muitos a menos).

Para rapazes de bom gosto

Olha, vou confessar que não é muito incomum eu entrar no banheiro masculino por engano. Por sorte, nunca tive que presenciar cenas desagradáveis, mas, por isso, sei muito bem como é a “casinha” deles. É fato também que tem muito moço por aí que não costuma lavar as mãos depois do serviço, mas quase todos apertam a descarga antes de deixar o recinto.

Pois o designer Kaspars Jursons teve uma daquelas ideias óbvias geniais: para jogar água no vaso, é preciso lavar as mãos. A água é reaproveitada com inteligência e todo mundo sai limpinho e feliz da vida com a oportunidade de usar uma pia-urinol linda dessas. Devia ser lei instalar essas coisas em todos os banheiros masculinos. Devia mesmo.

Ida e volta

A viagem para Belo Horizonte, além de experiências muito bacanas e um mural lindão (vou postar as fotos depois), ainda rendeu a leitura de dois livros que recomendo: “A ditadura da moda”, de Nina Lemos (li na ida) e “A jogadora de xadrez”, de Bertin Henrichs (li na volta).