Decoração para quem tem restrições orçamentárias

Puxa, agora que temos que decorar um apartamento alugado partindo do zero e com recursos bem limitados (a gente sempre acha uma viagem mais interessante do que um guarda-roupa, fazer o quê?), nada melhor do que boas ideias que custam bem pouco.

Até porque, acho que além de mim, tem toda a torcida do Flamengo na mesma situação…eheheh…

Por isso, olha só que ideias geniais achei no sempre sensacional Follow the Colours. Vai vendo…

Uma veneziana antiga para guardar papeis. Adorei!
Lampadinhas de natal dentro de garrafas (não sei onde liga o fio na tomada, pois não aparece). Mas ficou bem bacana!
Bastidores de bordado servindo de telas redondas - show!
Esse foi um dos que eu mais gostei!

Um garanhão para chamar de seu

Tem um shopping de decoração aqui perto de casa que é cheio de coisas tentadoras tipo aqueles objetos maravilhosos que a gente só vê em revista importada.

Mas tem também umas coisas meio bizarras que meu lado trash não consegue resistir. Posso citar pelo menos duas lojas que vendem móveis perfeitos para você que está pensando em abrir uma casa de tolerância (como diria a minha avó), mas só se for daquelas mesmo para acabar com a reputação da cidade toda…eheheh

Dando umas bandas por esse lugar fascinante, acabei me deparando com uma luminária que atraiu minha atenção de um jeito hipnotizante — é que o pé era um cavalo EM TAMANHO NATURAL. Vocês conseguem imaginar uma coisa dessas?

Comemoração comprida

Olha só que interessante: aqui na Alemanha eles comemoram a véspera de natal (24) e o natal (25). Pois finalmente consegui entender porque é feriado também no dia 26.

É que hoje é o segundo dia de natal! Eles têm o Erster Weihnachtstag (Primeiro dia de Natal) e o Zweiter Weihnachtstag (Segundo dia de Natal). Achei bacana; mais um dia para se recuperar da correria e dar tempo de comer todos aqueles biscoitos enfeitados…

Outra curiosidade: aqui eles não chamam o bom velhinho de Papai Noel ou Santa Claus. É o Weihnachtsmann (Homem do Natal)…

Acho que só ganha presente a criança que conseguir pronunciar diretinho Weihnachtsmann…eheheheh

Retroreciclagem: um novo tipo de arte?

O leitor Marcelo Alves mandou uma sugestão de post bem bacana. Eu já tinha visto em um blog gringo (que agora não me lembro mais qual é) e achei muito interessante, mas na correria em que estou, acabei não postando nada. Aí vem o moço chamando atenção para o mesmo tema; agora vai, porque vale a pena mesmo.

Estou falando do trabalho do publicitário Bruno Honda Leite. Ele pega qualquer embalagem de qualquer produto e transforma o negócio em arte usando só canetinhas de escrever em CDs (antigamente se escrevia em transparências para retroprojetores). Por causa disso, Bruno deu o nome da arte que ele inventou de retroreciclagem (retro, no caso, é o tipo da caneta que ele usa).

E por falar em kitsch…

Está chegando o natal e, mais uma vez, o que se vê por todo o lado é uma overdose de kitsch.

Beleza, mas o que vem a ser esse tal de kitsch mesmo?

Vamos lá: alguns livros sugerem que a palavra kitsch nasceu, vejam só, em Munique, Alemanha, para designar trabalhos artísticos apressados e mal feitos, próprios da cultura de massa. Outras fontes, porém, defendem que o termo veio da Áustria, onde as pessoas (as chiques, é claro) usavam-no como uma gíria para designar objetos de mau gosto. O fato é que a expressão data da revolução industrial, entre os séculos XIX e XX, onde os bens de consumo começaram a ser fabricados em escala industrial (e, obviamente, mal feitos, a julgar pela tecnologia disponível naquele tempo).

É que foi somente nessa época que plebeus puderam ter acesso a coisinhas que antes só os nobres e burgueses ricos podiam colecionar. É claro que a qualidade e o acabamento dos mimos eram discutíveis, mas, para quem antes não tinha nada, foi uma festa. Data daí o início do consumismo desenfreado, um furor que culminou no que hoje se observa em lojinhas de R$ 1,99 (não, por acaso, verdadeiros templos do kitsch).

Natal com keks e bolas de verdade

Nossa, a cidade está completamente coalhada de mercadinhos de natal. São feiras bem organizadas e cheias de coisas bonitas e gostosas. O visual é bem kitsch, mas combina perfeitamente com natal (natal é uma coisa kitsch por definição, né?).

O que eu mais gostei foi de descobrir que eles têm mais de 10 tipos de quentão (que aqui se chama Glühwein, que, não por acaso, quer dizer vinho quente). É sempre um vinho, claro (tem branco também) com mais alguma coisa, que pode ser uma fruta, rum ou licor. O clássico é como o nosso, com gengibre e cravo, bem parecido mesmo (delícia!), mas ontem experimentei um com vinho branco e licor de ovos que estava divino. Já andei olhando um com amaretto que também parece tentador; minha meta é experimentar todos antes do natal sem cair na rua e nem virar alcoólatra…eheheh… sério, o negócio esquenta que é uma beleza para esses dias mais geladinhos. De resto, muita salsicha (wurst) e comidinhas com cogumelos e batatas (adoro).