Glamour datado
É sempre assim; em festas ou reuniões, alguém me apresenta como engenheira e algumas pessoas do grupo logo murmuram “nossa, ela deve ser muito inteligente“. Já aconteceu na sala de aula de um MBA, onde fiz uma breve apresentação de meu currículo e uma estudante murmurar “nossa, estou me sentindo tão burra…“.
Pois é, fui conversar com a “burra” na hora do intervalo e saí de lá me achando um fóssil de lesma com QI reduzido. É que, papo vai, papo vem, a tal aluna me contou que havia se casado com um libanês, foi morar no Líbano e, pasmem, aprendeu árabe SOZINHA lendo jornal!!! Só para vocês se orientarem para o tamanho do feito, árabe é aquela língua que, escrita, parece um mar revolto com ondinhas rebeldes; de vez em quando saltam alguns pinguinhos. Pois essa moça foi trabalhar com a sogra na loja e aprendeu a ler, falar e escrever isso, depois de adulta, e sozinha! Não é espanhol, italiano, inglês ou alemão: é árabe! Se ela não é um gênio, não sei mais o que pode ser…
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