Nem todo reality show é ruim

Para o povo que acha que reality show é sinônimo de Big Brother (já deu né Bial?), olha só que ideia ótima vinda diretamente do Oriente Médio. Engenheiros e engenheiras de países como Síria, Egito, Kuwait, Líbano, Iraque e Tunísia  ficam confinados numa casa para inventarem coisas. Eles criam, testam, orientam, avaliam e até discutem política, veja só.

O objetivo do programa, chamado “Stars of Science” é encontrar os melhores inventores da região; há eliminação toda semana e os 4 últimos sobreviventes dividem o prêmio em dinheiro para começar um negócio e explorar comercialmente as respectivas invenções. Eles têm o livro do Alex Osterwalder (Business Model Generation) como referência inicial e os árabes estão vibrando com o concurso, que já está na quarta edição e rendeu invenções revolucionárias.

Bom, caso alguém tenha se esquecido, os árabes lideraram a matemática, a física e a química por vários séculos; não é à toa que, em vez de algarismos romanos, nós ocidentais usamos algarismos arábicos; os caras não são fracos já faz muito tempo.

Eu se fosse a Globo começava a prestar mais atenção nesse negócio. Já pensou se em vez de sonhar em posar para a Playboy ou G Magazine nossos jovens aspirantes à fama começassem a querem ser engenheiros, designers, matemáticos ou físicos? Não apenas a educação do país e o desenvolvimento tecnológico do país sairiam ganhando, como a programação da TV ficaria mais divertida. Fica a dica.

***

Fiquei sabendo pelo ótimo Mosca Branca, onde tem um link para uma reportagem na Wired e um vídeo no Youtube.

Luxo usado

Como eu já tinha comentado por aqui, o quente aqui são as coisas de segunda mão. Com roupas não é diferente. Pessoas realmente descoladas e que ditam tendências, não se vestem nas H&M, Zara e C&A da vida (como eu); nem nas Gucci ou Prada (isso é para turistas). Elas querem coisas diferentes; então vão nos brechós.

Tem muita roupa para vender nos flohmärkte, mas nos brechós é que a coisa esquenta mesmo. Tem os exclusivos, especializados em peças vintage (bem caros, por sinal) e os mais populares. A rede Humana tem 13 lojas em Berlin (e mais meia dúzia em outras cidades), mas a top mesmo é a da Torstraβe, com 5 pavimentos!

Decoração para quem tem restrições orçamentárias

Puxa, agora que temos que decorar um apartamento alugado partindo do zero e com recursos bem limitados (a gente sempre acha uma viagem mais interessante do que um guarda-roupa, fazer o quê?), nada melhor do que boas ideias que custam bem pouco.

Até porque, acho que além de mim, tem toda a torcida do Flamengo na mesma situação…eheheh…

Por isso, olha só que ideias geniais achei no sempre sensacional Follow the Colours. Vai vendo…

Lixeiro bom pra cachorro

Em vários pontos da cidade tem um totem desses. O dono do cachorro pega um saquinho (de papel biodegradável) que está disponível, recolhe as fezes do fofo, abre a tampa da lixeira com o pé (essa eu achei genial) e joga lá dentro.

A cidade fica limpinha e todo mundo fica feliz com tantos peludos passeando por aí (ainda não vi nenhum cachorro sem dono; são todos lindos e educadíssimos).

Não digo que todas as cidades deviam ter esses totens em cada esquina (deve custar caro manter gente abastecendo os saquinhos e recolhendo os lixinho), mas pelo menos os condomínios maiores podiam ter, né?

Achei luxo!!

Retroreciclagem: um novo tipo de arte?

O leitor Marcelo Alves mandou uma sugestão de post bem bacana. Eu já tinha visto em um blog gringo (que agora não me lembro mais qual é) e achei muito interessante, mas na correria em que estou, acabei não postando nada. Aí vem o moço chamando atenção para o mesmo tema; agora vai, porque vale a pena mesmo.

Estou falando do trabalho do publicitário Bruno Honda Leite. Ele pega qualquer embalagem de qualquer produto e transforma o negócio em arte usando só canetinhas de escrever em CDs (antigamente se escrevia em transparências para retroprojetores). Por causa disso, Bruno deu o nome da arte que ele inventou de retroreciclagem (retro, no caso, é o tipo da caneta que ele usa).

Sacola inteligente

Olha só o que descobri no twitter da @alesie: uma brasileira que mora em Londres e está participando de um projeto muito bacana e original. A ideia era fazer uma revista sobre sustentabilidade e vida saudável. Aí o povo pensou melhor e viu que a revista devia servir para mais alguma coisa. Foi aí que nasceu a Elpis MagBag, uma revista em forma de sacola que é distribuída gratuitamente nos estabelecimentos que respeitam a sustentabilidade (fora que a sacola é de papel, anos-luz mais charmosa que as manés de plástico…).