O metrô e a borboleta
Isso aconteceu de verdade esses dias, e queria compartilhar para não esquecer. Foi tão lindo…
Estava no metrô indo para a aula (e lendo), quando uma borboletinha amarela pousou na página aberta. Levei um susto e tentei pegá-la (metrô não é lugar de borboleta!). A pobre voava que nem louca, tentando sair do vagão. Um moço tentou espantá-la, mas a maioria queria era capturá-la para acabar logo com a agonia da lindinha. Bom, passaram-se várias estações com várias pessoas tentando espantá-la quando a porta abria, mas a bobinha nunca conseguia.
Tegel
Tegel é banhado pelas águas do rio Spree e parece uma colônia de férias. É lá que estão a maioria dos clubes de remo, iates-clubes e marinas. A alameda que contorna a margem é belíssima, e a região, para não contrariar a cidade toda, é verdíssima. O incrível é como um bairro comum, bem populoso e cheio de prédios consegue esconder essas obras civis todas embaixo de árvores. Viu só como é possível? Tegel é a prova!
Auxílio luxuoso
Berlin tem um programa para pessoas sem teto muito bacana; para pagar a moradia e ter um dinheirinho, o povo vende um jornal de variedades no metrô, concebido especialmente para esse projeto. O sujeito entra no trem e recita o discurso decorado, bem ao estilo “menino do amendoim” brasileiro, mas as vendas nunca são muito boas.
Os gatos e a literatura
Tenho um poster aqui em casa que foi uma das primeiras coisas que compramos para o apartamento. Traduz bem o que a gente pensa, olha só: Tá bom, isso aqui foi só um pretexto para mostrar mais um pouquinho da Charlotte, nossa jaguatirica alemã…
Sophie Charlotte
Sophie Charlotte foi a primeira rainha da Prússia (que hoje faz parte da Alemanha), cuja capital era Berlin. A moça falava francês, inglês e italiano, além de, naturalmente, alemão. Charlotte era cultíssima e vivia cercada por filósofos, escritores e músicos.
Seu castelo maravilhoso, chamado Charlottemburg (que também dá nome ao bairro), fica a poucos quilômetros aqui de casa e seu marido só podia entrar lá se fosse convidado (o rei morava em um palácio do outro lado da cidade; hoje não existe mais).
Pra que praia?
Finalmente o verão resolveu dar as caras em Berlin; o povo todo já estava impaciente com os míseros 9 ºC que andavam frequentando o mês que deveria ser o mais quente do ano. Pois desde anteontem estamos sendo brindados com 31 ºC diariamente e o final de semana promete a continuação do espetáculo, ôba!
O fato é que o verão aqui é sempre bem curtinho; daí que a escola não está preparada para essas temperaturas tropicais. Fazer o quê? O jeito foi transferir a aula para um parque com lago.
Pug ou Mops: não importa, a fofura é igual
Faz um mês que está chovendo praticamente todo dia nessa terra; como estou saindo de uma gripe, as conjunções climáticas não estão me permitindo muitas incursões pela cidade (e olha que minha lista de lugares para visitar só faz crescer). Mas hoje parou de chover das 2 às 5 da tarde; calhou que eu tinha lido no jornal que ia ter um Encontro Internacional de Möpse, aquele cachorrinho que em português se chama Pug (Möpse é o plural de Mops). Catei o marido e lá fomos nós ver os fofuchos.
Mundos que voam
Como quase todo mundo que gosta de viajar, adoro mapas. Acho muito divertido marcar os caminhos já percorridos, ter ideias das distâncias e do tamanho desse mundão em que a gente vive.
Pois a artista londrina Claire Brewster pegou os bichos que mais passeiam pelo lugares que os mapas representam, os pássaros, e fez mapas voarem como eles. O resultado é poesia pura, olha que lindo!
Festa na floresta
Para colaborar com o clima primaveril de Berlin, resolvi comprar sementes de flores para plantar na sacada.
A questão é que aí apareceu um indivíduo muito atrevido cobiçando abertamente minha pobre plantação, sabe como são esses vizinhos invejosos. Não quero plantar mudas porque curto ver as coisinhas brotando; então, a solução que encontrei foi comprar comidinha de passarinho para colocar em cima da terra.
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