Acabei de ver Black Swan e ainda estou impactada. Pensei que ia ver uma história sobre balé (que adoro), mas não. Esse é um filme sobre dor, beleza e solidão. É lindo, difícil, pesado, inebriante e muito, muito assustador.
Conta a história de Nina, uma bailarina que não é gente, mas uma máquina de dançar, movida pela busca à perfeição. Seu único relacionamento afetivo é com a perturbada da sua mãe, uma ex-bailarina frustrada; por causa dela, Nina não é uma mulher, apesar de adulta. Ela praticamente não tem vida, não tem privacidade, não tem amigos nem prazeres. Só tem o balé. O desafio acontece quando ela ganha o principal papel do espetáculo “O lago dos cisnes“, onde tem que viver, ao mesmo tempo, uma personagem boazinha e outra má. Só que a maldade, ou melhor, a humanidade, nela, é toda reprimida, nunca foi expressada. Nina surta e enlouquece, é perturbador assistir ao processo. Mas ela consegue seu objetivo: a perfeição.
Na minha opinião, devia levar a estatueta de melhor filme do ano. Não sei se está concorrendo à fotografia, mas também merecia. E se não derem o Oscar de melhor atriz para a Natalie Portman, vai ser a maior injustiça da história.
Márcio Guimarães
Lígia, eu também fiquei impactado com Black Swan e lembro que disse aos meus amigos: este filme é assustadoramente bonito. Fico na torcida, contigo e com muitos pelo filme, pela Natalie. Abraços.
P.S.: deixei de ter um blog, mas continuo fiel em ler o seu, que está cada dia mais bacana!