Essa tirinha aí de cima, para mim, é uma das coisas mais brilhantes que o genial Luís Fernando Veríssimo já criou (e olha que ele tem muita coisa boa). É sintética, engraçada, profunda.
Pois me lembrei dela ontem quando tive o desprazer de conhecer uma pessoa. Nos cinco minutos em que interagimos, ela pronunciou a palavra burro umas cinco vezes, pobre, umas 8 e ignorante, perdi a conta. Nesse intervalo ínfimo de tempo, despejou seu currículo sobre mim (fala 5 línguas e tem PhD de Harvard).
Gente, se a tese dela ficou muito boa, brilhante mesmo, a criatura conseguiu aumentar em uns 0,003 o índice de conhecimento que os humanos têm do mundo (nem vamos falar no nível de evolução como ser humano). Pode ser muito mais que a média, mas, de qualquer maneira, diante do infinito, o que são 2, 123, 5.928 ou 59 mil?
Que pena, ela aprendeu tanto, mas não tem a menor perspectiva das coisas…
Mirela Rzatki
É como eu sempre digo: Teoria qq um adquire com facilidade, já a prática, poucos conseguem…
O q q adianta ser um gênio e ser um ser humano desprezível!?
Pedro Castilho
A ignorância é o mal da humanidade…
Michel Téo Sin
Pobre coitado burro ignorante…
Lendo isso, me veio o seguinte: Mais vale um Fusca devagar, mas andando, do que um Porsche patinando que não sai do lugar.
Luisa Moratori
Disse tudo.
Ego inflado é um problema, pessoas que muito sabem e não sabem o que fazer com tanto.
Antonio Rossa
A Universidade não garante a remoção da ignorância. O caminho é geralmente bem mais longo.
Renata Rubim
A quantidade de estrelinhas no céu desenhado pelo LFV é bem parecida com esses seres mencionados por você, Lígia. Tá cada dia mais difícil conviver com essas criaturas…
Usha Velasco
Impressionante como algumas pessoas conseguem se achar mais importantes que as outras. Lembrei de uma história que o meu namorado contou. Uma vez ele estava conversando com um médico, dono de um hospital em Brasília. A criatura relatou o seguinte fato: estava dirigindo numa estrada quando um trabalhador da roça atravessou na frente do carro e ele não conseguiu evitar o atropelamento. O trabalhador carregava uma ferramenta (foice ou enxada, não me lembro) que atravessou o parabrisa e se cravou no banco bem ao lado da cabeça do motorista. Comentário que o cara fez, enchendo a boca: “Já pensou? Quase que um PEÃO mata um MÉDICO?”