Sou uma pessoa extremamente visual e, talvez seja esse o motivo das embalagens me fascinarem tanto. Por isso, saí dando pulinhos de alegria quando fui convidada para ministrar a disciplina “Projeto experimental de embalagens” no curso de design da UNISUL. Já tinha uma vasta coleção de embalagens (tenho uma predileção especial por latinhas e caixinhas), tanto físicas como em fotos, mas achei a desculpa certa para comprar mais um monte de livros (um buracão nas minhas finanças, mas com justificativa) e agora, meu radar, antes já bem azeitado, está funcionando a milhão. Já tenho mil ideias e a certeza de que não vai dar tempo de mostrar tanta coisa em apenas 30 horas (tenho que considerar o tempo para os alunos fazerem o projeto).
Pois estava pesquisando sobre esse delicioso assunto quando encontrei o projeto de um artista americano que fez um experimento ousado e, surpreendentemente, muito bem sucedido.
Ele simplesmente transforma o lixo de New York em souvenir, vendendo-o em caixinhas pequenas de acrílico totalmente à prova de odores. O negócio fica interessante porque não há dois iguais (é lixo recolhido na rua mesmo, que ele arruma nas caixinhas como se fossem ikebanas).
O projeto começou em 2001, quando Justin Gignac discutia com amigos sobre a importância da embalagem no processo de compra. Ele se auto-desafiou então a vender uma coisa que ninguém compraria de jeito nenhum apenas trabalhando corretamente o projeto da embalagem. Lixo era a resposta, e deu muito certo.
Hoje, as famosas caixinhas possuem até edições limitadas com o lixo coletado em eventos históricos, como a convenção republicana e a posse de Obama, por exemplo. Cada caixinha custa U$ 50 e ele já vendeu 1.300 peças para 29 países. Duvida? Clica aqui!
Isso é que é reutilização, o resto não é nada!
Clô♥
Achei interesante e criativo, mas também ja estou vendo pessoas que conheço bem, depois de passada a curiosidade, olhar longamente, observar todos os lados e dizer: -o que vou fazer com isso?-
e literalmente mandar a caixinha para onde veio> lixo!
Entendo então que isso é apenas a venda em dolares, do lixo, que em princípio não valeria nada; mas comprova que o ser humano bem “argumentado”, compra até o incomprável?
Entendi direito?
Lígia Fascioni: Pegou direitinho, Clô! Essa é a ideia. Afinal, lixo é lixo e gente que compra quinquilharias de “lembrancinhas” de viagem têm bem esse perfil…
fabio bento
Ola ,Fascioni,vi um texto seu sobre sacolas ecologicas, aqui na Oasis vamos iniciar a produção de sacolas ecologicas.
abracos