Lembro até hoje da primeira vez que visitei a Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, há muitos anos. Subi as escadas e fiquei engasgada com tanto conhecimento acumulado num lugar só; a sensação que eu tive, imagino, deve ter sido muito próxima da que algumas pessoas sentem quando entram em igrejas célebres (não sinto nada quando entro em uma igreja, a não ser que ela tenha valor histórico). Fiquei comovida pensando em quanta gente teve que trabalhar e se dedicar para produzir e compartilhar o conhecimento que aquelas paredes encerravam.
Depois pude visitar a biblioteca da Universidade de Coimbra e meu queixo caiu de novo. Recentemente, as livrarias têm ficado grandes e completas como verdadeiras bibliotecas. Eu já tinha decidido que quando morresse, iria morar na livraria Cultura no Conjunto Nacional, em São Paulo, ou em algum daqueles maravilhosos templos da cultura em Buenos Aires.
Mas quando recebi um e-mail da minha mãe com todos esses paraísos, resolvi esperar e pensar melhor. Vê se não é o próprio céu…
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