1. Café da manhã (Frühstuck): Os berlinenses adoram tomar café da manhã na rua (eu também!), de maneira que a maior parte dos cafés e até restaurantes oferece diversas modalidades e promoções até às 3 da tarde. Ah, e flores são sempre fundamentais em todas as mesas, frescas e de verdade!
2. Gorjetas: é costume dar em média 10% de gorjeta para os garçons, mas esse valor nunca vem incluso na conta. Quando o garçon vier com a fatura, veja quanto deu e diga a ele quanto quer pagar (exemplo: se o valor for € 27,90 você pode dizer que € 30 está ok).
3. Broncas: não se assuste se você fizer algo errado sem querer e ganhar uma bronca de um alemão como se ele fosse a sua mãe nos dias de brabeza extrema. Não é nada contra você, o jeito deles é assim mesmo. Peça desculpas e relaxe.
4. Comidas típicas: não sou muito fã da comida típica alemã, apesar de adorar batatas, mas se você gosta de testar sabores, experimente o curry-wurst (uma linguiça cortada em rodelas com catchup e curry por cima que pode ou não ser acompanhada de fritas) ou o donner kebab (na verdade, um prato típico turco, mas é que 10% da população da cidade vem de lá). No Brasil é conhecido como churrasco grego. Ah, a bebida que você não pode deixar experimentar também é a Berliner Weiße, uma mistura de cerveja com um xarope colorido (pode ser verde ou vermelho). Acredite, fica bom!
5. Cabine de fotografias: as cabines de fotografias são uma instituição sagrada, você não deve visitar a cidade sem tirar umas fotos para levar de lembrança. Por € 2 euros você tira 4 fotos (diferentes) em P&B e é super-divertido; preste atenção quando estiver andando pela rua, a cidade está cheia delas. Só tem que ter paciência para esperar, pois elas demoram até 10 minutos para ficar prontas!
6. Ampelmann: se você é uma pessoa muito observadora, ao caminhar pela cidade vai perceber que alguns “homenzinhos do semáforo” têm chapéus e outros não. É que na antiga Berlim oriental, os homenzinhos todos usavam chapéu. Com a queda do muro, era possível ver de que lado da cidade se estava só observando os semáforos (hoje já está tudo misturado). Para homenagear o tal homenzinho, foi criada uma marca (Ampelmann é literalmente “homem do semáforo” em alemão) que é um case de sucesso, com várias lojas espalhadas pelo país. Eles conseguiram aplicar a marca em tudo, de macarrão a borracha, de chaveiro a roupinha de bebê. Uma ótima alternativa às lembrancinhas convencionais.
7. Atravessar com o sinal vermelho: por falar em Ampelmann, você vai ver muitos pedestres atravessando a rua com o sinal vermelho (a maioria turistas), mas resista bravamente à tentação. Já conheci pessoas que se deram mal e presenciei um guarda multando em € 80 um apressadinho desses. E com guarda aqui não tem conversa, nem adianta desperdiçar seu charme ou dizer que não sabia: lei é lei e não se discute.
8. Extensão das lojas nas calçadas: uma coisa que estranhei bastante quando cheguei foi o fato das lojas colocarem seus produtos à venda nas calçadas sem nenhum leão de chácara cuidando. Isso inclui remédios, sapatos, roupas, produtos de limpeza, flores e até bijuterias (fiz até um post mostrando alguns exemplos, veja aqui). Ninguém rouba. Muito bacana!
9. Sofás e cadeiras na frente das lojas: sim, os cafés e restaurantes sempre têm mesinhas nas calçadas, mas as lojas de roupas, decoração, cabeleireiros e artigos/serviços diversos também. O povo adora tomar um sozinho quando tem, seja cliente, seja o vendedor ou dono do negócio. Uma fofura que eu adoro!
10. Plaquinhas no chão: quando caminhar pelas calçadas, se conseguir tirar os olhos dos vasos de flores das mesinhas, repare que em alguns lugares há umas plaquinhas de cobre com dizeres. São obra de um artista berlinense chamado Gunter Demnig, que registra os nomes, datas de nascimento e data de expulsão e execução dos judeus que moravam exatamente naquele lugar antes da guerra. A gente olha as datas, calcula as idades, infere os graus de parentesco… é de se emocionar. O projeto chama-se “Stolpersteine”, ou seja, a famosa “pedra no caminho” que faz você tropeçar e já cresceu para outros países europeus. Saiba mais aqui: http://www.stolpersteine.eu.
11. Horário de funcionamento das lojas: aparentemente não há uma regra que estipule os horários em que os estabelecimentos comerciais abrem. Tem loja que abre às 10 h da manhã, outras somente às 11 horas. Tem loja que só abre alguns dias da semana só no período da tarde. De uma maneira geral, todos os serviços têm horários bem bizarros, inclusive os atendimentos de órgãos públicos; é necessário pesquisar direitinho antes de ir. Na cidade inteira (quase 4 milhões de habitantes), há apenas 4 supermercados que abrem aos domingos e nas férias de verão, entre julho e agosto, muitos estabelecimentos simplesmente fecham as portas informando que saíram de férias. Você fica sem padaria, sem restaurante, enfim. Qualidade de vida para o trabalhador em primeiro lugar.
12. Numeração das casas e prédios
Não estranhe se o seu aplicativo de mapas se perder um pouco em Berlim; é totalmente compreensível. Em algumas ruas, a numeração funciona como em quase todos os lugares: um lado tem números pares e o outro, números ímpares. Só que tem também muitas ruas (não sei a proporção), onde os números crescem de um lado até acabar a rua e depois continuam do outro lado. Assim, o número 2 da rua pode ficar em frente ao 187. Sem falar que há ruas que são interrompidas por parques enormes, fazem curvas e seguem tranquilas com a numeração. Carteiro aqui tem que ser ninja…
***
Você pode descobrir mais curiosidades frequentando meu blog; quase todo dia posto coisas sobre essa cidade pela qual sou apaixonada confessa.
Comentários